Rambo já estava ausente do Cinema desde há 20 anos.
Sylvester Stallone tinha feito um excelente final round a Rocky no emotivo “Rocky Balboa” (2006).
Seria uma questão de tempo até Sly pegar no lendário green beret e fazer-lhe um sentido comeback final como o feito ao lendário pugilista.
Era um dos títulos mais aguardados de 2008 (mas já se sabia que seria alvo de imensos “ódios”).
Cá vem o regresso de Rambo.
E num registo diferente e inesperado.
Tailândia. John Rambo vive como transportador de pessoas e cargas através do rio.
Um grupo de missionários pede-lhe ajuda (transporte) para uma complicada zona de Burma, local de uma devastadora guerra que dura há décadas e não poupa civis, onde os direitos humanos são algo que nem no dicionário existe. Ainda que relutante, Rambo aceita o trabalho, comovido pelo empenho e fé dos jovens soldados de paz.
Mas a pacífica missão dos jovens corre para o torto, alguns são capturados e outros mortos.
Incapaz de fugir a uma violência que o persegue em qualquer lado do planeta, Rambo junta-se a um grupo de mercenários e parte em resgate dos missionários.
No início do Século XXI, a carreira de Stallone estava algo murcha. O seu star status mostrava-o como um has been, apesar do respeito pela sua imagem.
“Rocky Balboa” consegue sucesso crítico e público.
Cenário perfeito para um regresso de John Rambo.
Em ambos os casos, Sly procurava o retomar de uma glória perdida (Stallone já não vendia bem desde a segunda metade dos 90s) e fazia a (estimável, corajosa e heróica) tentativa de dar um término digno e humano (plenamente conseguido a Rocky; depois viria o muito bem conseguido spin-off a Rocky com a saga “Creed”) a duas sagas que começaram (muito) bem, mas depois caíram nalgum descrédito (dentro de algum público e em muita crítica) devido a alguns excessos (heróicos e de ideologia política).
Stallone demorou 20 anos a retomar Rambo.
O lendário actor pensou muito e bem sobre como o fazer regressar, procurando que tal tivesse pertinência humana.
Stallone resistiu e evitou, inteligentemente, fazer com que o regresso de Rambo fosse uma “retaliação” ao 9/11. Logo a seguir a esse trágico evento, muito se falou que Stallone estava a preparar o regresso de Rambo como o caçador de Bin Laden (seria o regresso do herói ao Afeganistão, depois de “Rambo III”). Mostrando (enorme) sensatez e provas (já várias vezes dadas, mas invisíveis aos seus cegos detractores) de inteligência, Stallone voltou atrás com tais planos (ele chegou mesmo a afirmar que, segundo a sua cabeça, o regresso de Rambo nunca esteve planeado com essa ideologia oportunista), mas nunca recusou o regresso do personagem, mas menos envolto em ideologias “all american” e mais preocupado em algo real e humanitário.
E assim acontece.
Rambo regressa, com a idade, experiência, maturidade, atitude e justificação adequada aos tempos e com a distância devida face ao tempo na saga e ao tom das sequelas anteriores.
Fiel à “regra” da saga, o filme aborda um cenário/evento de conflito real, actual e até pouco falado (foi preciso o filme para tal ter alguma abordagem nos media e imprensa) – a (longa) guerra civil em Burma/Myanmar.
Ainda durante as filmagens de “Rambo”, a (excelente) revista “Empire” dedicava um muito interessante artigo sobre o filme. A meio do texto, o autor afirmava que este “Rambo” podia ser o “Unforgiven” (1992, de e com Clint Eastwood) de Sylvester Stallone. Levaria a lado nenhum estar aqui a elaborar as diferenças entre os dois filmes e os dois actores/realizadores (são filmes e profissionais distintos, nenhum ocupa o lugar do outro nem andam em concorrência/rivalidade), mas a verdade é que a relação até tem a sua pertinência.
São ambos filmes plenos de violência e sobre ela, protagonizados por duas pessoas violentas, com um passado marcado por ela e encontram no regresso a essa mesma violência (que é, “por acaso” e dadas as circunstâncias, o único meio de pôr fim a ela) a forma de terminarem o percurso em busca de redenção. Comum a ambos também é o facto de serem filmes anti-violência e reflexões sobre ela, mas através da sua exposição, havendo também a presença de uma certa religiosidade/espiritualidade.
Esta quarta aventura de Rambo coloca o personagem ainda mais isolado (vive na Tailândia, faz biscates e caça serpentes), mais céptico (para ele, o conflito armado é algo natural no mundo e na Humanidade), indiferente (não se convence com a ajuda humanitária que lhe solicita apoio), mas pleno de raiva (a sua atitude final face aos eventos).
O filme pega no tema clássico do herói batido, já desinteressado por qualquer causa e algo apagado perante a vida, que recebe um derradeiro alento para uma derradeira batalha.
O argumento pega nessa cansaço heróico, emocional, humano e social do protagonista e sabe criar uma inteligente forma de o motivar – todo o apelo, determinação e paixão de uma “donzela”, verdadeira cruzada moderna, que acaba por ser uma espécie de versão feminina e pacifista do próprio Rambo, na sua ideologia.
Resultam comoventes os momentos entre Rambo e Sarah, as conversas, os subentendidos, as trocas de olhar – sinais de (boa) comunicação entre dois seres que souberam ultrapassar obstáculos de diálogo, entendimento entre duas pessoas que conseguiram ganhar respeito uma pela outra, com cada uma a saber como tocar e mover a outra.
O filme pega num conflito real (algo que a saga sempre procurou) e este é mostrado sem glamour, complacências, simpatias, ideologias, panfletos ou disfarces.
Stallone mostra o conflito de Burma como algo atroz, violento, mortal, homicida, desumano, à margem de qualquer lei ou visão do resto do mundo e da (dita) civilização.
Depois dos delírios heróicos e de super-produção cinematográfica que marcaram os episódios 2 e 3 (mas que ajudaram a afirmar personagem e saga na sua popularidade e serem ícones do Actioner 80s), a saga regressa à suas origens (o primeiro filme – já aqui visto – continua a ser o melhor da saga e ainda um modelo referencial de Actioner – mas com moldes sérios, dramáticos e humanos).
Temos um look “low cost”, novamente a Natureza como um elemento presente e mesmo como adversário hostil, duelo de bons v maus marcado por ideais (certos v errados), embrulhando-se tudo num tom de puro survival movie à beira do terror.
Isto é Rambo a andar pelos ambientes de “The Texas Chainsaw Massacre” e “The Hills Have Eyes”.
O filme é um actioner, sim, mas não se deixa ficar aí. O filme também procura ilustrar um evento real, pouco noticiado e envolvente para muitas nações sempre preocupadas com os males do mundo. O filme procura um certo teor humanitário (a denúncia do horror mostrado, a presença de missionários) e consegue um certo drama (a relação Rambo/Sarah é determinante nas acções de ambos, dá um pequeno tom intimista à trama e faz com que tal relação seja o cerne emocional da narrativa e o motor motivador para Rambo).
Os efeitos do “embrulho” actioner do filme são conseguir ser um alerta sobre um flagelo que ocorre no mundo (mas do qual pouco se fala e faz), ser um “panfleto” anti-guerra e violência (embora esta encontre uma justificação para existir e pôr um fim, ainda que temporário, a ela), bem como um mostrar que nem tudo o que é pacifismo resulta contra a violência (mas isso já é uma longa e complexa discussão, que não é com filmes que se conseguem abordar, explicar e resolver).
Pode-se argumentar que o argumento é simples e não explora mais alguns dos seus elementos (as acções e motivações dos mauzões, a dinâmica do grupo de missionários, a relação de Rambo com eles, a relação entre um veterano como Rambo e os jovens mercenários – um duelo de métodos e ideologias).
Mas goste-se ou não, os argumentos de Sly mostram a sua visão do mundo, de um “mero” Good Guys vs Bad Guys, de um “simples” Bem contra Mal, que por vezes cai na simplicidade, embora se perceba (rapida e facilmente) o porquê (questões pessoais e/ou cinematográficas).
Excelente fotografia, a captar bem a fealdade dos locais, ambientes e eventos.
Jerry Goldsmith já estava fora de cena (tinha falecido), mas o capaz Brian Tyler (“Fast & Furious 3/5/7” “Aliens v Predator: Requiem”, “Timeline”, “Constantine”, “The Expendables”, “Iron Man 3”, “Thor 2”, “Avengers 2”) consegue criar um score adequado.
A música cria sonoridades melancólicas, violentas, trágicas, dramáticas e heróicas. Mas, claro, sem a profundidade de Goldsmith.
Excelentes efeitos de som.
Incríveis efeitos de make-up. A visualização da carnificina é brutal e explícita, estando ao nível de um gore à Stuart Gordon, Sam Raimi ou Peter Jackson.
Sylvester Stallone realiza e interpreta.
Como realizador, dá ao filme um tom quase de reportagem, de filme “sujo”, estando sempre próximo às pessoas e não fazendo concessões no visualizar das atrocidades e da violência, fazendo do filme um conseguido mix de actioner e survival movie. Para o climax, Sly excede todas as expectativas e cria uma magistral, devastadora, implacável, violentíssima, quase insustentável set piece de combate. É a mais poderosa desde a do início de “Saving Private Ryan”.
(atenção ao momento em que Rambo despedaça, literalmente, um inimigo ao “encharcá-lo” com uma rajada de metralhadora)
Como actor, Sly está numa das suas segundas peles. Sly cria um Rambo “velho”, cansado, desencantado (ainda mais que nos filmes anteriores), mas ainda capaz de despertar a besta de guerra que é.
Talvez seja neste filme que o Rambo cinematográfico se aproxima mais do Rambo literário – um homem atormentado pela guerra, violência e morte, hostil consigo próprio por odiar a máquina de guerra que é, mas consciente que tem mesmo de ser tal para sobreviver.
E Sly continua a saber interpretar, impecavelmente, “apenas” através do corpo e do silêncio (os olhares, as expressões faciais). E tal como no final de “First Blood” e “Rambo: First Blood Part II”, Sly é magnífico num outburst emocional, onde Rambo volta a “discursar” o que lhe vai na alma.
Julie Benz dá a devida réplica, com um trabalho muito digno sobre uma mulher algo inocente na sua iniciativa e acção mas bem determinada na sua convicção e ideologia, conseguindo ser bem forte na mudança de atitude de Rambo.
Consciente do factor idade (na época, 62 Primaveras tinham passado para Sylvester Stallone), não há super-heroísmos nem individualismos heróicos. Rambo está (aparentemente) amorfo, leva apoio humano na sua missão, mas quando a situação o exige, ele sabe como despertar o assassino dentro de si. Tal é bem visível na relação entre ele e os mercenários, que inicialmente o vêm como alguém incapaz (alguém o designa como um banal boatman), mas são os seus métodos “low tech” que salvam os “young warriors” num par de momentos cruciais – reminiscência das ideias que James Cameron tinha para “Rambo II” (foi um dos argumentistas), que na época foram recusadas por Sly (e Cameron usaria em “Aliens”)?
Com “Rocky Balboa”, Sly deu um final digno e humano à saga do boxeur.
John Rambo não é um personagem tão rico do ponto de vista humano e emocional (é mais frio, reservado e isolado), mas nem por isso deixa de ter a sua complexidade. Rambo é um veterano de guerra, uma autêntica “killing machine” em busca do seu lugar no mundo e de respeito por quem é e pelo que fez.
Ao longo da saga surgiu a questão se a “besta de guerra” que ele é, é algo que foi criado pelo sistema militar que ele serviu ou se é algo que já existia no seu interior (e que, como dizia o Coronel Trautman em “Rambo III”, o sistema se limitou a “limar as arestas”).
É uma resposta que a saga nunca respondeu e nunca responderá – Rambo viverá sempre com essa dúvida e é aí que reside o “encanto”.
A passagem do tempo sobre o herói e a saga (e também sobre Sly) permite que saga regresse ao seu melhor, devolvendo o vínculo a um certo espírito de Série B e com o tom selvagem que marcou o primeiro filme (e que ainda tinha alguns laivos no segundo).
Regresso (mais um – era o segundo em dois anos) em grande de Sly, agora como Rambo, de volta ao seu melhor, devolvendo a saga ao seu espírito inicial.
É para fans – de Sly, de Rambo, da saga e do old school actioner. “Rambo” fará as delicias de uns happy few saudosos de ver um filme de acção à boa maneira dos 70`s e 80`s, onde tudo é feito em frente da câmara pelos actores, duplos e pirotécnicos, onde o computador apenas é usado para… escrever o guião.
Bonito final, a fazer um fim de círculo para Johnny, com um caminhar para a (desejada) redenção. Pode funcionar como final da saga, mas também como prenúncio de um quinto e último episódio.
Um regresso que se saúda, pela forma e pelo tom que devolvem força e credibilidade ao herói.
(afinal, a tal “comparação” entre “Rambo” e “Unforgiven” não é assim tão desprovida de sentido)
Obrigatório.
Quando o filme saiu para o mercado doméstico, Stallone reeditou-o e fez um Extended Cut. São mais 7 minutos de metragem, que envolvem mais diálogo entre Rambo e Sarah, reforçando ainda mais aquele que é o plus do argumento. Esses momentos permitem desenvolver mais a relação e os personagens, enfatizando ainda mais as motivações de Rambo.
É um cut que faz a diferença, fazendo-o mais filme, mais completo, mais emocional e humano, sendo melhor como filme.
“Rambo” existe no mercado português e está a bom preço.
O Extended Cut só está em mercados externos. Arranjam-se boas edições (com bons documentários; a do extended cut tem um documentário mais completo) a bom preço. Há master em 4K para os dois cuts.
Realizador: Sylvester Stallone
Argumentistas: Sylvester Stallone, Art Monterastelli, a partir do personagem criado por David Morrell
Elenco: Sylvester Stallone, Julie Benz, Matthew Marsden, Graham McTavish, Reynaldo Gallegos, Jake La Botz, Tim Kang, Maung Maung Khin, Paul Schulze, Ken Howard
Trailers
Clips
Sylvester Stallone sobre “First Blood” e “Rambo”
Documentários
Orçamento – 50 milhões de Dólares
Bilheteira – 42 milhões de Dólares (USA); 113 (mundial)
Theatrical Cut – 92 minutos
Extended Cut – 99 minutos
Nomeado para “Melhor Cena de Acção” (a batalha final), nos Golden Schmoes 2008. Perdeu para “The Dark Knight” (a perseguição ao carro blindado).
“Melhor Poster”, nos Golden Trailer 2008.
Os direitos da saga “Rambo” foram vendidos à Miramax em 1997, devido à falência da Carolco Pictures (era ela que detinha os direitos). A Miramax queria fazer mais um filme, mas Stallone estava reticente. Os direitos são depois vendidos em 2005 à Nu Image e Millennium Films. Perante o sucesso de “Rocky Balboa”, Stallone concorda com “Rambo 4”.
Várias foram as possibilidades narrativas para o quarto filme:
- Rambo teria criado um lar e família, tudo corre bem até um grupo racista e traficante de pessoas lhe raptar esposa e filha. Parte desta ideia foi usada em “Homefront” (escrito por Stallone, com protagonismo de Jason Statham); parte da ideia é usada em “Rambo 5”.
- Rambo enfrenta uma situação de rapto de diplomatas, durante uma missão nas Nações Unidas.
- Rambo a juntar-se a uma unidade de elite e a enfrentarem uma criatura monstruosa criada em laboratório.
Stallone queria que este novo filme de Rambo envolvesse eventos humanitários e que se passasse no local mais brutal da Terra, mas que fosse também ignorado pelo público e pelos media. Diversos peritos na área aconselharam-no conflito de Burma, que já dura há décadas.
Richard Crenna já tinha falecido e, como tal, não poderia interpretar novamente o Coronel Samuel Trautman. James Brolin foi considerado para o interpretar, mas Stallone recusou. Crenna aparece num par de planos em flashback. O filme é dedicado a ele.
Julie Benz foi escolhida por Stallone, pois ele é fã da série “Dexter”, onde ela participa.
Maung Maung Khin interpreta o líder do exército invasor. Mas na vida real, Khin é um relevante membro da resistência Karen de Myanmar.
Vinnie Jones foi considerado para um personagem (o líder dos mercenários).
A música é de Brian Tyler. Jerry Goldsmith, o autor do score dos três filmes anteriores, já tinha falecido (em 2004).
Luc Besson, Richard Donner, Renny Harlin, Gregory Hoblit, Ridley Scott e James Mangold – todos foram considerados como realizador.
Ted Kotcheff, realizador de “First Blood” foi technical consultant.
Working title – “Rambo: To Hell and Back”.
Outros títulos prévios – “Rambo 4”, “Rambo IV: End of Peace”, “Rambo IV: Holy War”, “Rambo IV: In the Serpent’s Eye”, “Rambo IV: Pearl of the Cobra”, “Rambo: To Hell and Back”.
“John Rambo” foi o título adoptado pelo estúdio, no sentido de fazer paralelismo com “Rocky Balboa”, que era o final da saga do boxeur. Stallone não concordou, pois poderia dar a entender que o filme seria o último sobre o green beret, algo que o actor discordava.
É o primeiro filme da saga realizado por Sylvester Stallone. Stallone co-escreveu todos os episódios.
A crew era composta por 560 pessoas, com 450 tailandeses locais.
O filme teve filmagens em Burma e muitas vezes cast & crew estiveram em perigo.
Durante as filmagens, Stallone teve uma ruptura muscular.
Stallone aprendeu a lidar com serpentes e a saber capturá-las.
Muitos dos extras são habitantes de Myanmar que sentiram a hostilidade do regime militar presente.
Muitas das cenas de acção foram filmadas com várias câmaras.
Houve frequente recurso ao Steadicam.
Stallone queria que este quarto filme retomasse o tom do primeiro.
Escreveu-se uma cena onde Rambo visita o túmulo do Coronel Trautman. Mas a cena não foi filmada.
Numa cena (Rambo a sonhar) vê-se o final alternativo de “First Blood” – Rambo a ser morto por Trautman.
Rambo não usa a sua faca habitual, mas forja uma catana (que será crucial na batalha final). Stallone passou uma noite inteira a filmar a cena onde ele próprio forja a catana.
É o primeiro filme da saga em que Rambo usa uma pistola.
É o primeiro filme da saga onde Rambo integra uma equipa.
Na batalha final, Rambo ia segurar a metralhadora. Mas devido ao peso, o que iria limitar os movimentos de Stallone, preferiu-se deixá-la presa à viatura.
David Morell disse que a inspiração para John Rambo era Audie Murphy. Murphy foi combatente de Segunda Guerra Mundial, foi condecorado com a Medal of Honor, tendo-se depois tornado actor. Murphy chegou a pegar numa metralhadora de grande calibre e eliminar diversos inimigos, salvando muitos camaradas.
Muita gente criticou o efeito excessivo da metralhadora. Combatentes do Iraque e Afeganistão asseguraram a Stallone que o efeito que ele criou no filme era verdadeiro.
A forma como Rambo mata o líder do exército inimigo é semelhante à forma como Rambo mata o Deputy Galt no livro “First Blood”.
2.59 – é a média de mortos por minuto.
Tem o body count mais elevado da saga – 254.
Em muitos países, “First Blood” foi intitulado “Rambo”. Assim sendo, este novo filme teve títulos como “John Rambo” ou “Rambo IV/4”.
O filme foi banido em Myanmar. Contudo o filme conseguiu visibilidade local graças à pirataria. A Resistência local teve o filme como inspiração. Stallone ficou orgulhoso de tal.
“Live for nothing, or die for something” – é uma frase dita no filme, que foi adoptada pela Resistência de Myanmar.
David Morrell gostou do filme e acha que foi o primeiro da saga a recriar todo o tom violento que ele deu ao seu livro “First Blood”, com Rambo a ser tal qual ele o delineou – uma besta de combate, plena de raiva, com ódio ao mundo e sobre si próprio.
Stallone considerou “Rambo” como o filme mais difícil da sua carreira.
Na saga (nos episódios 1 a 4), “Rambo” é o segundo filme preferido de Stallone.
Julie Benz juntou-se a um movimento de ajuda a Burma.
Existe um extended cut – tem mais momentos entre Rambo e Sarah, procurando vincar a relação entre ambos, a forma de diálogo entre eles, a forma como Rambo se deixa comover pela determinação de Sarah, o empenho dela em conhecê-lo e o duelo de visões do mundo por parte de cada um deles.
Sobre o conflito de Burma/Myanmar:
https://www.iwm.org.uk/history/listen-to-8-people-describe-the-war-in-burma-in-their-own-words
https://www.britannica.com/event/Anglo-Burmese-Wars
https://www.asiatimes.com/2019/08/article/why-war-will-never-end-in-myanmar/
https://thediplomat.com/2019/02/marking-70-years-of-war-in-myanmar/
https://www.crisisgroup.org/asia/south-east-asia/myanmar/myanmar-lasting-solution-civil-war
Sobre David Morrell:
https://www.goodreads.com/author/show/12535.David_Morrell
https://davidmorrell.net/books/
https://www.fantasticfiction.com/m/david-morrell/
https://rambo.fandom.com/wiki/David_Morrell
https://www.thriftbooks.com/a/david-morrell/218404/
https://crimereads.com/david-morrell-preparing-for-crisis-and-finding-inspiration/
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