Título original – X-Men: Dark Phoenix
É o capítulo final da fase jovem dos X-Men.
Agora com o foco no mais trágico dos seus elementos.
Jean Grey começa a evidenciar poderes e comportamento perigosos e violentos.
O Professor Xavier e os seus X-Men enfrentam um dilema – salvá-la ou sacrificá-la para salvar o mundo.
É o final da saga inicial dos X-Men.
Se ficarmos por “Apocalypse”, fica feita uma (ligeira) ligação com a trilogia original (“X-Men”, “X-Men United”, “X-Men: Last Stand”).
Mas com “Dark Phoenix” termina-se mesmo o círculo desta saga inicial e não há como ligá-la à saga original (não se pode explicar porquê).
Depois das extravagâncias narrativas em “Days of Future Past” (os saltos entre passado e presente) e visuais em “Apocalypse” (o festival de destruição), “Dark Phoenix” regressa às origens desta saga (“First Class”) com um tom mais real e mais focado nos personagens.
Desta vez quase que não há vilões (bom, há, mas pouca atenção lhes é dedicada), sendo o conflito de carácter interno – o duelo é dentro dos X-Men, por questões éticas, morais e emocionais.
A situação até é bem tratada do ponto de vista humano, emocional e relacional, embora mais alguma metragem dedicada a tal permitiria uma maior dimensão emocional dentro da narrativa e fazer do filme um bom melodrama (ainda que em ambiente sci-fi e superhero).
Como os vilões recebem pouca atenção, as suas aparições e motivações são algo toscas.
Apesar do tom mais dramático, isto não deixa de ser um X-Men movie e continua a haver boa acção – a confrontação na rua e o duelo final no comboio.
Como se procurou um tom mais real, os momentos de action procuram mais a plausibilidade (ainda que os heróis façam recurso a poderes ainda nos domínios da sci-fi), fugindo assim da espectacularidade cinematográfica habitual para estas coisas.
Bons efeitos visuais, que procuram mais o realismo do que o lado fantasista.
Simon Kinberg esforça-se em dar um ar mais real, procurando fazer um drama de sci-fi super-heróica.
Boa prestação do elenco (quase todos repetentes na saga e já bem à vontade com os seus personagens), com destaque para Sophie Turner que consegue fazer uma correcta transmissão da dor e raiva de Jean Grey.
É um digno final desta saga, que permite um regresso às suas (boas) origens, priveligiando mais o lado humano do que o espectáculo de efeitos visuais.
Recomendável.
“X-Men: Dark Phoenix” já está nas nossas salas.
Nota – não há cena(s) extra durante o genérico final ou no fim deste.
Realizador: Simon Kinberg
Argumentista: Simon Kinberg, a partir da saga criada por John Byrne, Chris Claremont e Dave Cockrum (“The Dark Phoenix Saga”), a partir dos personagens criados por Jack Kirby e Stan Lee
Elenco: Sophie Turner, James McAvoy, Michael Fassbender, Jennifer Lawrence, Jessica Chastain, Nicholas Hoult, Evan Peters, Alexandra Shipp, Tye Sheridan, Kodi Smit-McPhee
Sites:
https://movies.disney.com/dark-phoenix
https://www.foxmovies.com/movies/dark-phoenix
Orçamento – 200 milhões de Dólares
Bilheteira (até agora) – 41 milhões de Dólares (USA); 145 (mundial)
A Marvel:
Os X-Men na Marvel:
https://www.marvel.com/teams-and-groups/x-men
https://www.marvel.com/comics/characters/1009726/x-men
https://marvel.fandom.com/wiki/X-Men_(Earth-616)
https://marvel.fandom.com/wiki/X-Men
A importância de “Dark Phoenix” na saga “X-Men”:
- O despertar do dark side de Jean Grey.
- A relação entre Jean e o Professor X.
- O conflito dentro dos X-Men perante Jean.
- O destino de Jean Grey.
- O destino dos X-Men.
Primeiro filme de Simon Kinberg como realizador.
Kinberg é um conhecedor dos X-Men – escreveu os argumentos de “X-Men: The Last Stand”, “X-Men: Days of Future Past”, “X-Men: Apocalypse”.
É o primeiro filme da saga “X-Men” a não mencionar ou ter a presença de Wolverine – isto porque Hugh Jackman já se retirou do personagem, após 9 filmes (a primeira e segunda trilogia de “X-Men”, mais a trilogia de “Wolverine”).
Mystique e Magneto não iam aparecer, pois Jennifer Lawrence e Michael Fassbender já se queriam afastar dos personagens, mas mudaram de ideias.
Angelina Jolie chegou a ser ponderada para a personagem que foi entregue a Jessica Chastain.
Reencontro entre James McAvoy e Jessica Chastain, depois de “The Disappearance of Eleanor Rigby” (2014).
Hans Zimmer tinha-se retirado da composição de música para filmes de super-heróis (compôs os scores para a trilogia “The Dark Knight”, “Man of Steel”, “Wonder Woman” e “The Amazing Spider-Man 2”), mas Kinberg convenceu-o a mudar de ideias.
Sophie Turner estudou sobre doenças mentais para se preparar para a sua personagem.
Kinberg decidiu seguir o tom de “Logan” (2017), procurando dar também um tom mais natural e real.
Mauro Fiore, o director of photography, filmou frequentemente com “câmara ao ombro”, no sentido de dar uma maior proximidade e intimidade com os personagens.
Ia estrear em Novembro de 2018 mas sofreu um adiamento devido a reshoots.
O último acto ia-se passar no Espaço. Os reshoots mudaram tal para a Terra, dentro de um comboio militar.
É o segundo filme que lida com o dark side de Jean Grey – o outro foi “X-Men: The Last Stand” (2006).
É suposto ser mesmo o capítulo final desta fase inicial dos X-Men.
Os X-Men vão ser alvo de um reboot, pois irão passar para o Marvel Cinematic Universe. A Disney é dona da Marvel e da 20th Century Fox (que tinha até agora os direitos dos X-Men).