Título original – Sudden Death
Um dos poucos filmes que Van Damme fez para um grande estúdio, com bom orçamento e com um realizador competente.
Assim sendo, é um dos seus melhores filmes.
Um grupo de terroristas toma de assalto o recinto onde ocorre um importante jogo de hockey e onde está presente o Presidente dos USA.
Cabe a um bombeiro salvar a situação, bem como os seus filhos.
Isto é “´Die Hard` num jogo de hockey”.
Acção, suspense, tensão, violência, muito body count e, claro, muita porrada à Van Damme para mostrar a sua destreza física (que neste filme até é menos exibicionista que o habitual).
Fiel à fórmula (depois do sucesso do clássico actioner assinado por John McTiernan e protagonizado com Bruce Willis, não tardaram a surgir variantes à ideia – num avião, numa montanha, numa prisão, num barco, num autocarro), temos ambiente fechado, muito controlo dos vilões, muita gente em perigo e muito desespero, numa situação que parece não ter solução.
No meio do conflito e do stress, o que governa a acção é a iniciativa do protagonista, um pai a querer salvar os seus filhos.
A acção entretém e o drama convence.
Ou seja, a fórmula em óptima forma.
Van Damme tem pinta para dar porrada aos mauzões e até é muito convincente como papá.
Powers Boothe é o típico vilão mesmo mau.
Peter Hyams realiza com eficácia e ritmo, filma boa acção e bem espectacular (o final com o helicóptero).
Van Damme tem uma filmografia carregada de banalidades e mediocridades dentro do action cinema, mas este é mesmo um dos seus melhores filmes (mérito da realização e do argumento que combinam acção e drama) e interpretações – a este nível, dentro da sua filmografia, só mesmo “Hard Target” e “Nowhwere to Run” (ambos de 1993).
Recomendável.
“Sudden Death” tem edição portuguesa e anda a preço “morto”. Mas já é uma raridade nas lojas. Noutros mercados anda disponível, a muito bom preço. Algumas edições europeias têm legenda em Português.
Realizador: Peter Hyams
Argumentistas: Karen Elise Baldwin, Gene Quintano
Elenco: Jean-Claude Van Damme, Powers Boothe, Raymond J. Barry, Dorian Harewood, Kate McNeil, Whittni Wright, Ross Malinger
Trailer
Orçamento – 35 milhões de Dólares
Bilheteira – 68 milhões de Dólares
Arnold Schwarzenegger, Sylvester Stallone e Bruce Willis foram considerados como protagonista. Arnie recusou porque tinha feito “True Lies” (1994) e “Junior” (1994) seguidos e queria descanso. Sly recusou porque não gostou do argumento. Bruce recusou porque estava ocupado com “Die Hard With a Vengeance” (1995).
James Woods ia ser o vilão, mas rejeitou pois não gostou do rumo dado ao personagem. Powers Boothe foi chamado.
Mara Wilson ia interpretar a filha do protagonista, mas os pais proibiram-na devido à violência do argumento.
Randy Feldman escreveu a primeira versão do argumento e era suposto ser uma comédia de acção. Do que ele escreveu só sobrou a cena onde o protagonista luta com a mascote de uma das equipas.
Peter Hyams não queria fazer o filme, mas gostou das ideias que Van Damme tinha para o filme e mudou de opinião.
Reencontro entre Van Damme e Peter Hyams, depois de “TimeCop” (1994).
Howard Baldwin, o chairman dos Pittsburgh Penguins, era um dos financiadores do filme. Conseguiu que duas equipas de hockey (Johnstown Chiefs e Wheeling Thunderbirds) fizessem um jogo de propósito para o filme.
Nalguns momentos estão placas de cartão a imitar pessoas, pois a produção não tinha dinheiro para tantos extras.
A cena final com o helicóptero requereu uma enorme grua, nove câmaras e muita segurança.
Chegou a haver planos para uma sequela, mas os números nas bilheteiras não foram convincentes para tal.