Título original – Wreck-It Ralph
Animação da Disney sobre o mundo dos jogos em máquinas e um vilão que quer ser herói.
Ralph é o vilão de um jogo onde ele destrói e um herói constrói.
Ralph está cansado de ser o vilão e quer ser um herói.
Como tal, Ralph abandona o jogo e mete-se em todos os jogos onde pode concretizar o seu sonho.
E as trapalhadas sucedem-se.
Quem se lembra de jogar (apaixonadamente) os arcade games dos 80s?
Quem se lembra dos salões de jogos (aqueles que apelavam a dar-se tiro às aulas e a arranjar truques para entrarmos em locais proibidos a menores de 18)?
Quem já imaginou ver o interior de um videogame e viver tais ambientes e aventuras?
“Wreck-it Ralph” traz esses apelos, memórias e sonhos.
O protagonista é vilão de um videogame e vive vários na sua senda de ser um (grande) herói.
Tal origina uma série de divertidas peripécias (bem contrastadas – entre herói e vilão, entre os diversos jogos em questão).
A ideia permite uma viagem a toda a estrutura visual e “geográfica” do que é um videogame, bem como uma viagem nostálgica a muitos videogames que fizeram história dentro do meio e dos nerds.
Todo este mix resulta maravilhosamente.
A vontade de ser herói por parte do vilão origina comoção (vejam-se e ouçam-se os desabafos de Ralph nos “vilões anónimos”) e muito humor (as diversas tentativas falhadas em ser good guy).
O filme faz um mergulho total dentro do “interior” dos videogames, fazendo-nos mesmo sentir estar dentro deles. Como se fosse pouco, e para delírio dos nerds, ainda há cruzamento de diversos jogos, criando-se uma verdadeira “jogofilia” (sim, há muita referência a muitos jogos e personagens referenciais).
Fiel ao espírito Disney há uma bela amizade em campo – pura, sentimental, clássica e universal.
Perfeita recriação dos ambientes, muita cor e detalhe (o filme obriga a muitas revisões para se conseguir apanhar todos os pormenores de alguns planos).
Excelente banda sonora (música e canções), que recordam a sonoridade dos videogames.
Ritmo imparável, imenso humor, muita acção, ternurentas emoções, personagens cativantes.
Ralph é um brutamontes (fisicamente), mas é um homem de grande coração.
Magnífico trabalho vocal, com destaque para John C. reilly, que consegue caracterizar muito bem o dilema e personalidade de Ralph.
É o estilo Disney ao seu melhor nível.
E uma encantadora viagem ao mundo Arcade.
Obrigatório.
“Wreck-it Ralph” está no mercado doméstico, a bom preço.
Realizador: Rich Moore
Argumentistas: Rich Moore, Phil Johnston, Jim Reardon, Jennifer Lee
Vozes: John C. Reilly, Sarah Silverman, Jack McBrayer, Jane Lynch, Alan Tudyk, Ed O’Neill, Dennis Haysbert
Trailers
Orçamento – 165 milhões de Dólares
Bilheteira – 189 milhões de Dólares (USA); 471 (mundial)
Nomeado para “Melhor Filme de Animação”, nos Globos de Ouro 2013 e Oscars 2013. Perdeu (nos dois eventos) para “Brave” (da Pixar).
Nomeado para “Melhor Filme de Animação”, nos Saturn 2013. Perdeu para “Frankenweenie”.
“Melhor Filme de Animação”, “Melhor Realização em Animação”, “Melhor Voz em Animação” (Alan Tudyk), “Melhor Argumento em Animação”, nos Annie 2013.
“Melhor Filme de Animação”, pelos críticos de Austin 2012, de Houston 2012, North Carolina 2013, North Texas 2013, Oklahoma 2012, Phoenix 2012, St. Louis 2012, nos IGN Summer Movie 2012, Kids’ Choice 2013, pela National Board of Review 2012.
“Melhor Elenco Vocal”, nos Behind the Voice Actors 2013.
O título inicial era “Reboot Ralph”.
Thomas Newman foi o compositor inicialmente escolhido. Henry Jackman seria depois convocado.
É o terceiro filme da Disney passado dentro dos videogames, mas o primeiro em animação (“TRON” em 1982, “TRON: Legacy” em 2010, ambos eram em imagem real).
O som das armas dos soldados em “Hero’s Duty” é o mesmo que o das armas laser no início de “Terminator 2” (1991). Gary Rydstrom é o sound designer dos dois filmes (“Terminator 2” e “Wreck-it Ralph”).
É o primeiro filme da Disney feito em animação digital com o aspect ratio de anamorphic widescreen 2.39:1.
Ao contrário do que é habitual, o elenco gravou a vocalização em conjunto, o que levou a muita improvisação.
O filme estreou no dia de celebração dos 75 anos sobre o primeiro filme Disney.
Foi a primeira vitória maciça nos Prémios Annie para um Disney Film, desde “Mulan” (1998).
O erro técnico do jogo onde participa Vanellope é uma realidade da programação dos videogames. Por vezes são tantos os personagens criados para um jogo, que os programadores dão conta que alguns estão a mais. Dado o complicado trabalho que é remover o código referente e eles, é preferível deixá-los “bloqueados” no jogo.
“Wreck-it Ralph” teria uma sequela em 2018 (já aqui visto) – “Ralph Breaks The Internet”, onde se repetem os protagonistas, mas agora a viver peripécias no mundo da Internet.
[…] o enorme sucesso de “Wreck-it Ralph” (já aqui visto), eis a […]