Título original – Cold Pursuit
Liam action Neeson is back. With a vengeance.
E pode ser a última vez.
O condutor de um limpa-neves das Montanhas Rochosas inicia uma jornada de vingança contra um drug lord que lhe matou o filho.
Actioner vingativo, que encontra excelente espaço para alguma emotividade (os laços da criança com o hitman do pai, o afecto da criança com o protagonista) e muito humor (a forma como o protagonista despacha os inimigos e os cadáveres, a incompetência das autoridades, os comportamentos do vilão), povoado por uma diversidade de personagens bem carismáticos.
Quem viu “In Order of Disappearence” vai ter uma (forte) sensação de déjà vu.
Isto porque o argumento de “Cold Pursuit” é mesmo uma versão em Inglês do argumento do filme norueguês.
Grande parte do filme com Liam Neeson é igual ao filme com Stellan Skarsgård, repetindo situações e diálogos.
Mas o remake consegue aqui e ali alguma adenda (mais presença das autoridades, mais humor, mais violência).
Hans Petter Moland (que já tinha assinado o filme original) dirige com sobriedade, aproveitando bem a paisagem (tal como tinha feito no filme original), divertindo-se com a encenação das execuções e os meios técnicos (o shoot-out final tem mais pirotecnia e destruição que o do original).
O elenco entra em sintonia com o tom do filme.
Tom Bateman é desconcertante como vilão (os seus maneirismos, a sua ética, as suas regras com o filho, os conflitos com a ex-esposa).
Liam Neeson domina (como é de esperar, não?). O veterano actor trata com enorme à-vontade os momentos de acção física, sendo profundo na dor (a perda do filho, a incomunicação com a esposa). É Neeson em grande forma.
Um actioner diferente do habitual, pela sua perversa veia humorística.
Recomendável.
“Cold Pursuit” está nas nossas salas.
“Cold Pursuit” é um Remake. Vamos ver como se mede face a “In Order of Disappearence”:
- Argumento – igual em ambos, com alguns elementos mais adequados à sociedade nórdica no filme original, mais universais na versão americana.
- Acção – igual em ambos, com o shoot-out final do filme americano a ter um pouco mais de espectáculo; a violência é também maior no remake.
- Humor – de igual e muito bom em ambos.
- Liam Neeson v Stellan Skarsgård – pois, aqui é que reside o grande duelo; Stellan é um grande actor e mostrou ter uma digna frieza como action hero; mas Liam tem aquele savoir-faire imbatível no que toca a ser expressivo perante a dor e implacável na confrontação.
Assim sendo, méritos bons e muitos em “In Order of Disappearence”, mas a vitória é de “Cold Pursuit” (por culpa de… Liam Neeson).
Mas dêem uma espreitadela a “In Order of Disappearence”, OK?
Realizador: Hans Petter Moland
Argumentista: Frank Baldwin, a partir do argumento original de Kim Fupz Aakeson
Stars: Liam Neeson, Tom Bateman, Micheál Richardson, Laura Dern, Emmy Rossum, William Forsythe, Julia Jones
Site – https://www.lionsgate.com/movies/cold-pursuit
Orçamento – 50 milhões de Dólares
Bilheteira (até agora) – 13 milhões de Dólares (USA); 16 (mundial)
Remake do filme norueguês “Kraftidioten” (com o título internacional “In Order of Disappearance”; já aqui visto), de 2014, também realizado por Hans Petter Moland, com Stellan Skarsgård.
A direcção do Banff National Park, em Alberta, Canadá, foi contra a ideia do vilão ser um aborígene canadiano e proibiu filmagens no local.
As filmagens passaram para Fortress Mountain, em Alberta, depois para Cranbrook, Fernie, e Vancouver, British Columbia.
Liam Neeson diz que este será o seu último actioner.
[…] filme seria alvo de um remake de Hollywood. “Cold Pursuit” (já aqui visto) é o título, o argumento segue as mesmas matrizes, Hans Petter Moland realiza. Como […]