Título original – The Laughing Policeman
Os 70s foram pródigos em bons policiais, adultos e realistas.
Eis um bom caso.
San Francisco.
A Polícia investiga um brutal massacre ocorrido num autocarro.
A ausência de pistas e motivos dificulta as investigações.
Policial sinuoso (o crime não faz sentido, não há motivo nem suspeitos), com uma investigação bem complicada, plena de olhar humano e social.
O resultado é muito credível e realista.
Atenção ao prólogo – notável na sua encenação e montagem, com um final pleno de violência e impacto.
Boa prestação do elenco. A química entre Walter Matthau e Bruce Dern não procura ser simpática, apenas credível do ponto de vista humano e profissional.
Stuart Rosenberg era um nome capaz para o policial com olhar social (“Cool Hand Luke”, “Pocket Money”, “The Drowning Pool”, “Brubaker”, “The Pope of Greenwich Village”). Aqui dá mais uma prova e logo num dos seus melhores trabalhos.
Um retrato muito realista do police work, que não sacrifica o entretenimento.
Um pequeno clássico.
Recomendável.
“The Laughing Policeman” não tem edição portuguesa. Existe noutros mercados, a bom preço.
Realizador: Stuart Rosenberg
Argumentista: Thomas Rickman, a partir do romance de Per Wahlöö & Maj Sjöwall
Elenco: Walter Matthau, Bruce Dern, Louis Gossett Jr., Albert Paulsen, Anthony Zerbe, Val Avery, Cathy Lee Crosby, Mario Gallo, Joanna Cassidy
Trailer
Orçamento – 2.2 milhões de Dólares
Mercado doméstico – 1.7 milhões de Dólares
O romance em que se inspira o filme é de origem sueca e passa-se em Estocolmo.
No argumento inicial, o personagem de Walter Matthau ia-se rir no final (daí o título original do filme). A ideia foi rejeitada por Stuart Rosenberg e por Matthau.
Matthau pediu que fosse Bruce Dern o seu co-protagonista. Dern ficou sempre grato a Matthau.
Filmado totalmente em San Francisco, em interiores e exteriores locais. Não se recorreu a trabalho de estúdio.