Black Panther é um dos personagens mais interessantes da Marvel.
Surge pela blaxploitation (movimento artístico e cultural onde se dava protagonismo aos negros, que abordava alguns dos problemas da comunidade afro-americana).
Black Panther procurava reflectir, ainda que sob a forma de entretenimento, os problemas que ocorriam em África, do ponto de vista cultural, político e militar.
(Luke Cage – que se move actualmente em Televisão, pela NetFlix – também surge na mesma altura, mas este herói ilustrava os problemas dos negros nos bairos problemáticos de Nova Iorque)
Há muito que o Cinema o queria adaptar.
Aqui está o prometido e desejado filme.
Wakanda, África.
T’Challa regressa a casa (depos de ter participado nos eventos de “Captain America: Civil War”) para ser coroado como o novo Rei.
T’Challa vai ter de enfrentar diversas adversidades – desde a união das tribos locais, um terrorista que procura roubar as riquezas da zona e um candidato ao trono que não olha a meios para tal.
Tem roupagens que fazem parecer um thriller digno de 007 (os imensos e incríveis gadgets, a intriga internacional, a ameaça mundial, os vilões), carrega elementos que reflectem alguma da actualidade mundial (refugiados, riqueza e pobreza de nações, partilha de recursos ou fecho de fronteiras) e até aborda uma tragédia familiar digna de Shakespeare.
A produção é muito cuidada do ponto de vista visual – fotografia cheia de cor, cenografia bem elaborada (entre o natural, o selvagem, o contemporâneo e o futurista) e guarda-roupa sumptuoso (ilustra realeza, personalidades, diferenças sociais e carácter tribal).
“Black Panther” respira profissionalismo, luxo e empenho no sentido de ser mais do que apenas um blockbuster ou um superhero movie.
Tem lá tudo o que uma produção deste tipo e género merece e tem de ter, mas sabe transportar algo mais do ponto de vista humano, emocional e de “mensagem”.
Ryan Coogler mostra o quanto se está a divertir com tantos e bons meios de produção.
Muito bom trabalho do elenco.
Chadwick Boseman convence como líder. Andy Serkis e Martin Freeman estão muito descontraídos. Danai Gurira impressiona pela sua postura guerreira.
Um superhero movie de grande nível, que eleva a fasquia do género.
Muito recomendável.
“Black Panther” ainda está nas nossas salas.
Realizador: Ryan Coogler
Argumentistas: Ryan Coogler, Joe Robert Cole, a partir do personagem criado por Stan Lee & Jack Kirby
Elenco: Chadwick Boseman, Michael B. Jordan, Lupita Nyong’o, Danai Gurira, Martin Freeman, Daniel Kaluuya, Andy Serkis, Angela Bassett, Forest Whitaker, Letitia Wright, Winston Duke, Sterling K. Brown
Orçamento – 200 milhões de Dólares
Bilheteira (até agora) – 697 milhões de Dólares (USA); 1.3 biliões de Dólares (mundial)
Sites:
https://marvel.com/blackpanther#/
https://marvel.com/movies/movie/224/black_panther
Segredos de “Black Panther”:
https://www.empireonline.com/movies/features/11-black-panther-secrets-ryan-coogler-nate-moore/
A Marvel:
Black Panther na Marvel:
http://marvel.com/characters/5/black_panther
http://marvel.wikia.com/wiki/T%27Challa_(Earth-616)
http://marvelcinematicuniverse.wikia.com/wiki/Black_Panther
A importância de “Black Panther” no MCU:
- Apresentação de Black Panther e das suas origens.
- A abertura de Wakanda ao mundo.
Wesley Snipes era o protagonista pensado, quando o projecto se mexia nos 90s. Sniper iria interpretar um outro personagem da Marvel – Blade, o caçador de vampiros (fê-lo em três filmes).
John Singleton chegou a estar designado como realizador, com Chiwetel Ejiofor como protagonista.
John Boyega foi considerado como protagonista.
Djimon Hounsou foi considerado como protagonista. O actor já tinha dado voz a Black Panther no filme de animação de 2010.
F. Gary Gray chegou a ser ponderado como realizador, mas desistiu para fazer “Fast & Furious 8” (2017).
Michael B. Jordan chegou a fazer uma audition para interpretar Sam Wilson/The Falcon (o sidekick de Captain America).
Ryan Coogler pediu à Marvel que o deixassem usar técnicos com quem ele já tinha trabalhado antes.
Terceiro encontro entre Coogler e Jordan, depois de “Fruitvale Station” (2013) e “Creed” (2015).
Reencontro entre Andy Serkis e Martin Freeman, depois de “The Hobbit: An Unexpected Journey” (2012).
Segundo Daniel Kaluuya, o filme é “O ´Game of Thrones` da Marvel”.
Segundo Coogler, o filme é sobre a responsabilidade e a identidade.
As lutas vistas no filme inspiram-se em artes marciais africanas.
Coogler recorreu a historiadores peritos em África para definir alguns aspectos visuais, históricos e culturais de Wakanda.
As sagas “The Godfather” e “James Bond” são fortes influências sobre “Black Panther” – a união da família e a intriga internacional.
“Blade Runner” (1982) foi a principal inspiração para o design de Wakanda.
A costume designer inspirou-se em vestes tradicionais de tribos africanas.