Título original – Le Cerveau
Deppis do enorme sucesso (nacional e internacional) de “La Grande Vadrouille”, Gérard Oury investe novamente numa produção luxuosa, internacional, de óptimo elenco, em tom de comédia.
“The Brain” anda a deixar as autoridades internacionais em total alerta, dado os seus audaciosos e engenhosos roubos.
Um comboio parte de Paris para Bruxelas, com muitos fundos da NATO.
É o alvo perfeito para “The Brain”. Mas também para Arthur e Anatole, dois pequenos larápios que querem dar um grande golpe.
As confusões e as peripécias começam.
Quem terá melhor cérebro para vencer a golpada?
Heist movie bem engenhoso e divertido, que assenta numa ideia original – há parceria dentro de cada uma das equipas golpistas em campo, mas cada uma nunca sabe da existência da outra.
Tal origina uma sucessão vertiginosa de equívocos, confusões, perseguições, surpresas e reviravoltas.
Tudo organizado de forma bem engendrada, alinhada, coesa e sincronizada.
Gérard Oury dirige com ritmo, conciliando muito bem comédia, intriga e acção.
Jean-Paul Belmondo, Bourvil, David Niven e Eli Wallach exibem carisma, divertindo-se tanto ou mais que o espectador.
Um perfeito cocktail de acção e humor, vindo de uma época bem gloriosa para o(s) género(s), principalmente dentro do cinema francês.
Um clássico.
Obrigatório.
“Le Cerveau” tem edição portuguesa e anda a preço “inteligente”.
Realizador: Gérard Oury
Argumentistas: Marcel Jullian, Gérard Oury, Danièle Thompson
Elenco: Jean-Paul Belmondo, Bourvil, David Niven, Eli Wallach, Silvia Monti
Trailer
Orçamento – 3.6 milhões de Dólares
Bilheteira – 41 milhões de Dólares (USA); 5 milhões de espectadores (França)
O argumento inspira-se no famoso e audacioso assalto ao comboio-postal Glasgow-Londres.
Filmado em duas línguas – Francês e Inglês. Foi uma condição imposta pelo estúdio Paramount, que co-produzia.
A réplica da Estátua da Liberdade era feita em polyester, media 13.5 metros de altura e pesava 3.5 toneladas.
É o último filme que reúne Bourvil e Gérard Oury (“Le Corniaud”, de 1965, com Louis de Funès; “La Grande Vadrouille”, de 1966, também com Funès). Iria haver um quarto (“La Folie des Grandeurs”, em 1971, que marcaria um novo encontro dos dois com Funès), mas o actor faleceu antes (seria substituído por Yves Montand).
Jean-Paul Belmondo e Bourvil reencontram-se depois de “Un Drôle de Dimanche” (1958; onde Belmondo era muito secundário, o protagonismo era de Bourvil, Arietty e Danielle Darrieux).
Belmondo reencontrar-se-ia com Oury em “L’As des As” (1982).
David Niven tem o seu nome em terceiro lugar, no genérico e nos posters. Para alguns países, o seu nome aparece em primeiro. Foi uma exigência do actor.
Foi o segundo maior êxito do ano, em França. Era o maior sucesso de Jean-Paul Belmondo.