Título original – The Night of the Generals
Um pelotão de Generais do Cinema reúne-se num thriller entre a ficção e a realidade.
Muito do best of Britain, mas a mover-se nas “cortes” de Hitler.
- Polónia.
Uma prostituta é morta nas ruas de Varsóvia.
Os suspeitos são três importantes Generais nazis.
Um Major da Polícia, também nazi, procura a verdade.
Mas esta anda escondida nos corredores dos altos oficiais nazis.
Um segredo que durará largos anos até ser descoberto.
Murder mystery clássico (há crimes e há que descobrir o culpado), com toques de psycho thriller (sim, o assassino tem distúrbios mentais), com a novidade de tudo se passar no lado nazi, onde os seus membros são os culpados, inocentes, suspeitos e heróis.
A trama passa-se ao longo de vários anos.
Passado e presente andam sempre em movimento, mas o espectador nunca fica confuso.
O mistério e a sua resolução servem como desculpa para a narrativa mexer num evento real (a tentativa de assassinato a Hitler, por alguns elementos próximos a ele) e ilustrar um pouco dos hábitos dos oficiais nazis.
Boa música de Maurice Jarre.
Excelente interpretação do trio protagonista, com destaque para Peter O’Toole, que chega a ser inquietante. O restante (e excelente) elenco acompanha-os muito bem.
Anatole Litvak dirige com grande competência, dando ao filme um look elegante, sofisticado, grandioso e aristocrático, sem ignorar a capacidade de tensão (atenção ao “confronto” entre General e Cabo).
Um clássico.
Obrigatório.
“The Night of the Generals” não tem edição portuguesa, mas pode ser encontrado noutros mercados, a bom preço.
Realizador: Anatole Litvak
Argumentistas: Joseph Kessel, Paul Dehn, a partir do livro deHans Hellmut e de um artigo escrito por James Hadley Chase
Elenco: Peter O’Toole, Omar Sharif, Tom Courtenay, Donald Pleasence, Joanna Pettet, Philippe Noiret, Charles Gray, John Gregson, Nigel Stock, Christopher Plummer, Juliette Gréco, Gordon Jackson, Patrick Allen, Harry Andrews
Orçamento – 5 milhões de Dólares
Bilheteira – 3 milhões de Dólares
Mercado doméstico (USA) – 2. 4 milhões de Dólares
Trailer
“Melhor Actor Estrangeiro” (Peter O’Toole), nos David di Donatello 1967.
Peter O’Toole e Omar Sharif estavam presos a um contrato com o estúdio, desde os tempos em que ainda não eram famosos. Como tal, o estúdio pagou-lhes um salário abaixo daquilo que deveriam receber (ambos já eram estrelas na época em que o filme foi feito).
Donald Pleasence recebeu um salário ainda maior que eles.
Christopher Plummer tem uma pequena presença. Sam Spiegel ofereceu-lhe um Rolls-Royce como pagamento.
Reencontro entre O`Toole e Sharif, depois de “Lawrence of Arabia” (1962).
Reencontro entre Pleasence, Nigel Stock e Gordon Jackson, depois de “The Great Escape” (1963).
Sharif participou no filme devido à presença de O`Toole, de quem era grande amigo. Sharif achava que o filme ia contra as suas convicções morais e políticas.
Gore Vidal e Robert Anderson ajudaram no argumento, mas os seus nomes não receberam crédito.
Vidal queria Dirk Bogarde para um personagem (o que caberia a Sharif), mas o produtor Sam Spiegel recusou.
Marlon Brando recusou ser protagonista.
Correu o rumor que O`Toole estava bêbado durante uma cena.
Este foi um dos últimos filmes a ser alvo do Código de Censura. O filme teve de contornar alguns problemas que o Código levantava à volta de certas questões sexuais abordadas e mostradas.
Filmado em Varsóvia e em Munique.