Operação V-2 (1965)

Operation Crossbow - Poster 1

 

Título original – Operation Crossbow

 

War movie actioner vindo do seu período áureo.

Com um excelente elenco.

 

Os nazis estão prestes a experimentar a sua nova e mais devastadora arma – o foguetão V2.

Os Aliados movem uma audaciosa acção de infiltração e sabotagem.

Operation Crossbow - lobbycard 1

Aventura bélica clássica, à volta do tema da missão suicida em território inimigo.

Surpresas, enganos e reviravoltas, tensão e suspeitas, terminando tudo em doses de acção e destruição.

Operation Crossbow - screenshot 2

O problema é que até ao (desejado) conflito final, o filme perde (demasiado) tempo em jogos de (suposta) estratégia, que servem para apresentar personagens que nada adiantam à narrativa, com o filme a ressentir-se em matéria de ritmo e espectáculo.

E depois há o súbito despachar de uma personagem, que até estava a ter a sua relevância, que deixa o espectador perdido e com a sensação que tal tempo de metragem serviu para nada.

Quando finalmente chegamos à dita action, esta acaba por ser demasiado rápida e pouco entusiasmante, deixando a sensação que tudo foi resolvido e encenado à pressa e sem nexo.

Operation Crossbow - screenshot 7

O entretenimento funciona, mas é muito, muito ligeiro.

Operation Crossbow - screenshot 8

Operation Crossbow - screenshot 3

George Peppard sai-se bem como action hero (como se veria décadas depois ao vê-lo como líder da popular “The A-Team”).

Sophia Loren é sempre uma condessa de Cinema. Mas fica-se mais pela presença do que pela interpretação ou pela força da personagem.

Os dois fazem o que podem, mas nada de extraordinário lhes é pedido.

O restante elenco é grandioso e porta-se de forma adequada ao filme. Mas alguns dos actores têm pouco tempo de antena

Operation Crossbow - screenshot 1

Michael Anderson dirige de forma muito aborrecida e sem sentido de ritmo e espectáculo.

Operation Crossbow - screenshot 4

Não é um vintage do género (e o filme até vem de uma época onde surgiram muitos títulos vintage para o género), mas cumpre o dever de entretenimento, ainda que em serviços muito mínimos.

 

Vê-se…

 

“Operation Crossbow” não tem edição portuguesa, mas existe noutros mercados, a bom preço.

Operation Crossbow - screenshot 9

Realizador: Michael Anderson

Argumentistas: Duilio Coletti, Vittoriano Petrilli, Emeric Pressburger (com o pseudónimo de Richard Imrie), Derry Quinn, Ray Rigby

Elenco: George Peppard, Sophia Loren, Trevor Howard, John Mills, Richard Johnson, Tom Courtenay, Jeremy Kemp, Anthony Quayle, Lilli Palmer, Paul Henreid, Helmut Dantine, Barbara Rütting, Richard Todd, Sylvia Syms, Ferdy Mayne, Robert Brown

 

Mercado doméstico (USA) – 3.7 milhões de Dólares

 

Trailer

 

Operation Crossbow - Poster 3

“Melhor Actriz” (Lilli Palmer), no Festival de San Sebastián 1965.

Operation Crossbow - Poster 4

Para uma cena de teste ao V2, a produção chegou mesmo a destruir um conjunto de casas. Mas estas já estavam agendadas para demolição.

O filme obrigou à construção dos maiores sets já criados até então pela MGM.

A MGM não queria diálogos em Alemão, mas o realizador Michael Anderson insistiu. Isto era raro na época.

 

A personagem Hannah Reitsch existiu. Era a piloto pessoal de Hitler.

A personagem Constance Babington Smith também é verídica. Era uma oficial britânica que muito fez nestas coisas de intelligence. Escreveria o livro “Air Spy: The Story of Photo Intelligence in World War II”.

O personagem Duncan Sandys é igualmente verídico. Era o chefe do British War Cabinet Committee for the Defence. Era genro de Winston Churchill.

 

Muitas das cenas com Richard Johnson ficaram na sala de montagem.

Gordon Jackson participou, mas as suas cenas ficaram na sala de montagem.

Operation Crossbow - Backstage - George Peppard and Sophia Loren

George Peppard estava sob contrato com a MGM, mas ansioso pelo seu fim. Tal deu-se com este filme.

Sophia Loren surge a pedido do seu marido Carlo Ponti (produtor do filme), que achava que a presença dela ajudaria nas bilheteiras americanas.

Loren estava mal vista pela comunidade árabe, depois de ter feito um filme em Israel e ter interpretado uma mulher judia (“Judith”, de Daniel Mann, com Peter Finch e Jack Hawkins). “Operation Crossbow” foi mostrado no Líbano, mas sem as cenas onde a actriz participa.

 

Para as reposições nos USA, o filme viu o seu título mudado para “The Great Spy Mission” e “Code Name: Operation Crossbow”, pois achou-se que o uso da palavra Operation deu a entender que o filme era sobre medicina.

O filme falhou nos USA, mas foi um sucesso na Inglaterra.

 

Peppard e Jeremy Kemp reencontrar-se-iam em “The Blue Max” (1966, de John Guillermin, com James Mason e Ursula Andress), onde interpretavam oficiais alemães, mas na Primeira Guerra Mundial.

Operation Crossbow - Poster 6

One comment on “Operação V-2 (1965)

  1. JamesWinter diz:

    Excelente filme. Existe uma edição portuguesa em VHS de 1987. Talvez tenha sido também lançando em Beta. 🙂

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