Título original – Shin Gojira
Dois anos depois de ter celebrado os seus 60 anos de vida (onde recebeu um honroso filme em Hollywood – a sequela já se filma e chega no Verão de 2019), Godzilla regressa.
Agora, Made in Japan.
O Japão vê-se atacado por uma criatura gigantesca.
O país move os melhores e maiores meios disponíveis – tecnológicos e humanos.
Mas serão suficientes?
Godzilla regressa a casa e às suas origens (ou seja, é ele o bad guy – ohhhhh!!!).
Misto de Monster/Kaiju Movie com disaster movie, o filme é uma (boa) amostra do poder do Japão nas suas estruturas, meios, logística e organização para enfrentar crises.
E talvez seja esse o mérito/diferença deste “Godzilla: Resurgence” face aos habituais Monster/Kaiju/Godzilla Movies – a forte e permanente presença humana, a relevância do diálogo, inteligência e partilha de conhecimento e vontade.
O entretenimento resulta, os efeitos visuais são de um incrível realismo e tem-se sempre a sensação de urgência (nacional) perante a catástrofe.
Lamenta-se ver o “God of Monsters” a ser novamente o mauzinho (destoa assim da visão heróica feita pela versão Hollywood de 2014).
Compensa-se pelo look muito fiel ao original, ar (bem) assustador, presença/atitude imponente e capacidade de surpresa (o “lagartinho” traz um novos truques na manga).
O filme consegue inserir algo de novo na saga e dar uma volta ao conceito da fórmula, sem ignorar o que pretende – entretenimento espectacular, com o regresso em grande de um dos mais míticos monstros do Cinema.
Vê-se muito bem.
“Godzilla: Resurgence” é inédito no nosso mercado.
Realizadores: Hideaki Anno, Shinji Higuchi
Argumentistas: Hideaki Anno
Elenco: Hiroki Hasegawa, Yutaka Takenouchi, Satomi Ishihara
Trailers
Sites:
https://www.funimationfilms.com/movie/shingodzilla/
Nomeado para “Melhor Filme Internacional”, nos Saturn 2017.
“Melhores Efeitos Visuais”, nos Prémios Asian Film 2017.
“Melhor Filme”, “Melhor Montagem”, “Melhor Fotografia”, “Melhor Som”, “Melhor Cenografia”, nos Prémios da Academia Japonesa 2017.
“Melhor Filme”, “Melhor Actriz Secundária” (Mikako Ichikawa), no Festival de Mainichi 2017.
O filme pretende ser um reboot total à saga Made in Japan.
O design de Godzilla inspira-se no usado no clássico de 1954.
É o maior Godzilla de sempre – 118.5 metros (superando assim os 108 metros de “Godzilla”, a versão Hollywood de 2014).
Godzilla surge no ecran fruto de várias tecnologias, desde digitais (CGI, performance capture) a mais analógicas e tradicionais (puppeteering, robótica).
O realizador pediu aos actores para falarem de forma rápida, no sentido de acentuar a urgência da situação e dar ritmo à acção.
Num certo momento, ouve-se a música do filme original de 1954.
O filme faz recurso a uma rara mistura de som – 3.1.