Seasons 1, 2, 3, 4 + The Final Break
Foi uma das grandes e mais viciantes series televisivas da década passada (e de sempre).
Terminou (supostamente) ao fim de 4 Seasons.
Mas regressou para uma nova e definitiva fuga.
Escapemos até ao início.
Michael Scofield assalta um banco.
O objectivo é ser encarcerado na prisão de Fox River.
Porquê? Porque é lá que está o irmão dele, Lincoln Burrows, acusado de assassinato e a dias de ser executado.
Mas Michael está na prisão com um plano.
Um plano elaborado até ao mais milimétrico detalhe, no sentido de fugir (na companhia do irmão) da prisão.
Mas surgem alguns revezes.
Criador: Paul Scheuring
Elenco: Wentworth Miller, Dominic Purcell, Sarah Wayne Callies
Secundários: Amaury Nolasco, Robert Knepper, Wade Williams, Marshall Allman
Secundários Season 1: Paul Adelstein, Rockmond Dunbar, Robin Tunney, Stacy Keach, Peter Stormare, Muse Watson, Frank Grillo, Patricia Wettig, Lane Garrison, Silas Weir Mitchell, John Heard, Camille Guaty, Anthony Edison
Secundários Season 2: William Fichtner, Paul Adelstein, Rockmond Dunbar, Leon Russom, Peter Stormare, Patricia Wettig, Reggie Lee, Lane Garrison, Silas Weir Mitchell, John Heard, Camille Guaty, Barbara Eve Harris, Anthony Edison
Secundários Season 3: Jodi Lyn O’Keefe, William Fichtner, Leon Russom, Danay Garcia, Chris Vance, Robert Wisdom, Barbara Eve Harris, Callie Thorne
Secundários Season 4: William Fichtner, Jodi Lyn O’Keefe, Leon Russom, Michael Rapaport, Stacy Haiduk, Barbara Eve Harris, Callie Thorne, Heather McComb, Shannon Lucio, Cress Williams, Kathleen Quinlan
Misto de prison movie com o tema de prison break, aliado a um conspiracy thriller, “Prison Break” é um relato detalhado de uma fuga preparada, planeada, delineada e executada ao mais milimétrico pormenor.
Mas é também uma história de laços e sacrifícios, entre irmãos, amigos e aliados.
Tensão insuportável (quando tudo parece correr bem, eis que surge um entrave e mais um participante na fuga, a ameaçar denunciar o acto), onde há lugar para drama (o peso na consciência de Michael perante o sacrifício do guarda, devido ao motim do qual ele foi responsável; o dilema de Michael em sacrificar um inocente para que o plano avance; o desespero de Lincoln, Michael e outros, com o avançar da deadline sobre Linc e o plano) e muito suspense (vão conseguir fugir ou não?), com stress sempre tremendo e urgência permanente.
Pelo meio, espaço para uma love story – inesperada, simples, subtil, progressiva e profunda.
A Season 2 traz o jogo de gato-e-rato, com os protagonistas em fuga às autoridades.
Como bónus, o líder da caçada é tão astuto como Michael, mas tem uma agenda bem negra, tal como o seu passado.
Tal como na Season anterior, o ritmo é imparável, de acção, tensão, suspense e surpresas.
Grande reviravolta no final.
Na Season 3 regressamos ao tom da 1.
Agora numa prisão onde só conta a lei do mais forte, sem regras a não ser as da sobreviência.
Ao tom de prison movie e prison break, há algo de survival movie.
Um verdadeiro Prison Hell Breaks In, num lugar onde não há civilização.
Invertem-se os papéis dos irmãos. Repetem-se as urgências.
Muita mudança surge nas novas (e necessárias) parcerias – os que outrora eram inimigos, agora são aliados. Algo que dá um novo tom à série e às relações entre esses personagens.
Tal como na Season 2, volta a surgir um vilão tão sagaz como Michael. Agora com a novidade de ser uma mulher.
Mais uma vez, muita tensão e surpresas, contada a um ritmo imparável.
Como é a Season mais curta (13 episódios face aos 22 das outras), há uma maior fluidez nos eventos, havendo menos revezes e entraves.
A Season 4 inverte as regras – em vez de break out é break in, em jeito de heist movie (o grupo tem de se infiltrar numa série de locais e retirar uns artefactos muito cobiçados).
Entramos no campo do action thriller, pleno de acção, tensão e surpresas, mas há uma certa sensação de déjà vu, que nada de novo é mostrado e criado, havendo até mesmo um certo atropelo narrativo (a chegada da mãe dos protagonistas e a verdade sobre eles – algo que soa a forçado e no sentido de fazer episódios).
A surpresa sobre o passado dos irmãos é engraçada, tem algo de forçado, mas reforça o laço emocional dos personagens e das motivações de um face ao outro.
Tudo termina com uma The Final Break, que explica um pormenor do final da Season 4.
Regressamos a prisões e a prison break, mas tudo é demasiado rápido e pouco pormenorizado, perdendo-se algum do stress que vinha das seasons anteriores.
O final é surpreendente, triste, doloroso e comovente.
Excelente prestação do elenco.
Wentworth Miller está perfeito como um homem que organiza o seu quotidiano de forma meticulosa.
Dominic Purcell convence como um “brutamontes”, mas pleno de vulnerabilidades emocionais.
Robert Knepper quase que mete a série no bolso ao compor um vilão que é uma essência do Mal.
Sarah Wayne Callies é encantadora, ternurenta e comovente, mas capaz de encontrar força quando menos se espera.
William Fichtner e Jodi Lyn O’Keefe são magníficos oponentes aos heróis, na sua sagacidade e determinação. Fichtner cria quase um vilão ao serviço da Lei, O`Keefe consegue um misto de fatalidade e sedução.
Pormenor bem relevante – a forma como a (super-elaborada) tatuagem se torna uma personagem, sempre importante no desenrolar dos eventos (os planos da fuga), sempre misteriosa e capaz de surpreender o espectador sobre a informação nela contida.
“Prison Break” é uma história sobre sacrificios, amor fraternal, alianças e rupturas.
É sobre conflitos de parcerias, sempre inesperadas e improvavéis.
É um drama sobre pessoas encurraladas e sem escolha, em luta contra um Sistema que as atacou e virou costas.
É também uma história sobre alguma da essência da família – onde contam mais os laços e afectos que o sangue.
É uma jornada de um ordinary man (ainda que sendo uma mastermind) que se revela, por força das circunstâncias, um extraordinary man, que decide usar a sua genialidade numa cruzada de justiça, movido pelo AMOR – ao seu irmão e a uma mulher.
Tremendamente viciante.
Obrigatório.
“Prison Break” teve um primeiro ciclo de de 4 Seasons, mais um The Final Break.
Tem edição portuguesa. Pode ser encontrada em pack-Season ou num pack com todas as Seasons. O preço anda jeitoso.
Trailers
Season 1
Season 2
Season 3
Season 4
The Final Break
Esteve nomeada para “Melhor Série Televisiva – Drama”, nos Globos de Ouro 2006, mas perdeu para “Lost”. Wentworth Miller tentou ser o “Melhor Actor de Televisão – Drama”, mas perdeu para Hugh Laurie em “House, M.D.”.
Esteve nomeada para “Melhor Série Televisiva”, nos Prémios Saturn 2006, mas perdeu para “Lost”. Wentworth Miller tentou ser “Melhor Actor de Televisão”, mas perdeu para Matthew Fox em “Lost”.
“Melhor Actor” (Dominic Purcell), pelo Australian Film Institute 2007.
“Melhor Casting”, pela Casting Society of America 2006.
“Série Televisiva Favorita”, nos Prémios People’s Choice 2006.
13 prisões americanas baniram a série.
Paul Scheuring criou a série a partir de uma ideia de uma colega sua. Mas achou a ideia algo tola, pelo que desenvolveu a conspiração que leva o protagonista a meter-se numa prisão e à volta da culpabilidade do seu irmão.
Enquanto a ideia da série andava a ser lançada aos estúdios, ponderou-se que ela seria uma mini-série de 10 episódios.
Steven Spielberg e Bruce Willis mostraram interesse.
Sarah Wayne Callies foi a primeira pessoa do elenco a ser escolhida.
Wentworth Miller foi escolhido à última da hora.
Miller foi recomendado por Brett Ratner, depois de o ver numa audition para “Superman: Flyby” (o planeado reboot do personagem; Ratner estava, na época, designado como o realizador). Ratner ficou muito bem impressionado com Miller.
Silas Weir Mitchell (Haywire) fez uma audition para T-Bag.
Miller passava por uma caracterização de quase 5 horas.
A tatuagem de Miller foi desenhada por Tom Berg. Berg já tinha feito algo parecido a Ralph Fiennes em “Red Dragon” (realizado por Brett Ratner, um dos executive producers da série). Berg considera que tal tatuagem demoraria cerca de 4 anos a ser feita e custaria cera de 20.000 Dólares.
Stacy Keach passou 6 meses numa prisão, para retirar inspiração ao seu personagem (o director da prisão).
Filmado numa prisão verdadeira, mas já desactivada – Joliet Prison.
Algumas cenas são filmadas na cela onde esteve preso John Wayne Gacy.
Filmado em Chicago, Dallas, Los Angeles e Panamá.
Alguns personagens têm o seu nome ligado a personalidades da vida política americana – Lincoln Burrows e Theodore “T-Bag” Bagwell vêm de Abraham Lincoln e Theodore Roosevelt; Michael Scofield, Benjamin “C-Note” Miles Franklin e Alexander Mahone, vêm dos políticos Edward Scofield, Benjamin Franklin e William Mahone; Paul Kellerman vem de Roy Kellerman, um agente dos Serviços Secretos ao serviço de John F. Kennedy no dia do seu assassinato.
D.B. Cooper é baseado num personagem real, que em 1971 sequestrou um avião, roubou 200.000 Dólares e saltou do avião com o dinheiro. Nunca foi encontrado.
Fox River vem do nome do rio que passa perto da prisão que foi usada como location.
Na série surgem três personagens, cujos nomes e alcunhas estão ligados a chá – “T-Bag”, “Sucre” e “Lechero”.
O site que Scofield menciona (www.europeangoldfinch.net) existiu. Mas depois de ser comprado pela fox.com (a Twentith-Century Fox era a produtora da série), o site ficou indisponível. Algumas das mensagens que os personagens trocavam na série, via o dito site, podiam ser lá vistas. Alguns dos conteúdos podem agora ser vistos em in web.archive.org.
Numa primeira fase, a Fox queria apenas uma Season de 13 episódios. Mas perante o suceso alcançado, o estúdio pediu mais.
C-Note só ia aparecer num par de episódios. Mas o personagem ganhou fãs e os autores viram potencial nele, pelo que ele surge em mais episódios.
No final da Season 1, a personagem de Sarah Wayne Callies ia ter um final diferente. Mas dada a sua popularidade, tal destino foi alterado. A actriz teve de sair na Season 3 devido à sua avançada gravidez, pelo que se teve de dar uma desculpa para a sua ausência. Sarah regressa na Season 4, onde se justifica o porquê do seu regresso.
Uma das actrizes da Season 1 já tinha compromissos com uma outra série, pelo que teve que se retirar a personagem da série.
Um dos fugitivos da Season 2 teve de ser morto, pois o actor em causa já estava comprometido para outra série.
Miller e Dominic Purcell reencontrar-se-iam num episódio da série “The Flash”. Nesse episódio, os seus personagens fazem referências a… “Prison Break”.
Originou:
“Prison Break: Proof of Innocence”, apenas para telemóveis.
Uma tie-in novel – “Prison Break: The Classified FBI Files”.
Uma revista official.
“Prison Break: Cherry Hill” – prisão feminina. Iria cruzar a protagonista com os da série original. Mas tudo ficou cancelado.
“Prison Break: Visitations”, apenas para a web.
“Prison Break LIVE!” – foi uma attraction tour, totalmente interactiva, que circulou por diversos países.
O jogo “Prison Break” – lançado para PlayStation 3 e Xbox 360. Acompanhamos Tom Paxton, um agente da Companhia, infiltrado em Fox River para seguir os passos de Michael Scofield. O jogo recorre a vozes de muito do cast da série.
Um canal da televisão russa fez a sua versão. Alguns detalhes da narrativa são mantidos, com outros a serem adaptados à realidade russa.
“Breakout Kings” – acompanha uma equipa de U.S. Marshals, que caçam fugitivos de prisões. T-Bag aparece num par de episódios.
Em Junho de 2015 é dada a notícia que “Prison Break” vai regressar.
Miller e Purcell lançaram a ideia a Scheuring e este aceitou.
Scheuring afirma que esta será mesmo a Season final, onde se resolverão todas as pontas ainda soltas.
Grande parte do elenco está de volta – Miller e Purcell, ao lado de Sarah Wayne Callies, Amaury Nolasco, Robert Knepper, Rockmond Dunbar e Paul Adelstein.
Será filmada em Vancouver, Marrocos e Casablanca.
Vai durar 9 episódios e começa em Abril de 2017.
Trailer:
A Grande Ilusão 