Título original – Get Out
Terror com toques raciais, pelo produtor de “Ouija”, “Paranormal Activity”, “Insidious”, “Sinister”, “The Purge” e “The Visit”.
Ou seja, boa experiência e resultados no campo do terror.
Um jovem afro-americano parte com a sua namorada (branca) para um fim-de-semana na propriedade dos pais dela.
A recepção até parece amigável, mas tudo descamba no medo quando o rapaz descobre uma verdade sobre o local e os anfitriões.
Versão terror de “Guess Who`s Coming to Dinner”, o filme procura conciliar o susto (o protagonista a descobrir uma verdade assassina num cenário que prometia paz e simpatia) e uma certa denúncia racial (afinal, há brancos a fazer mal aos negros, com uma “lógica” sulista de outrora).
A ideia é interessante.
O mix resulta.
Temos alguma tensão, algum susto, algum impacto.
Não está ao nível dos mestres que o género tem na actualidade (M. Night Shyamalan, James Wan, Mike Flanagan), mas cumpre a sua agenda – entreter e pregar uns sustos.
Nada de novo no género, mas consegue o seu objectivo.
Vê-se bem.
“Get Out” já está nas salas portuguesas.
Realizador: Jordan Peele
Argumentista: Jordan Peele
Elenco: Daniel Kaluuya, Allison Williams, Catherine Keener, Bradley Whitford, Caleb Landry Jones
Site – https://www.uphe.com/movies/get-out
Orçamento – 4.5 milhões de Dólares
Bilheteira (até agora) – 175 milhões de Dólares (USA); 241 (mundial)
Primeiro filme de Jordan Peele.
Primeiro filme de Allison Williams.
Peele inspirou-se numa anedota de Eddie Murphy, quando ele falava sobre conhecer os pais da namorada.
Murphy iria ser o protagonista, mas Jordan Peele considerou-o demasiado velho para tal.
Peele usou como inspiração o filme de George A. Romero, “The Night of the Living Dead” (1968 – o protagonista era afro-americano).
Peele escreveu o filme na era Obama, pois acreditava que tal marcaria o fim do racismo nos USA. Mas devido aos crescentes actos violentos e racistas ocorridos no país, Peele decidiu retomar o projecto.
Filmado em 28 dias, no Alabama.