Título original – John Wick: Chapter 2
“John Wick” foi uma das grandes surpresas de 2014. O filme retomava o bom sabor do actioner old school, com set pieces extraordinárias e meticulosamente encenadas.
Keanu Reeves regressava em grande ao género e criava um muito relevante personagem para o género.
Sem surpresa, eis a sequela. Bom, continuação.
John Wick parece ter encontrado o sossego depois da desforra sobre aqueles que lhe mataram a cadela e lhe roubaram o carro.
Mas tal dura pouco. Um antigo patrão aparece-lhe para lhe cobrar um favor. John tem de aceitar.
O trabalho vai pô-lo em confrontação com muitos hitmen de uma organização.
John vai dar luta. Bem mortal.
Como boa sequela, “John Wick: Chapter 2” procura explorar o mundo delineado no filme inicial (há uma filial do hotel resort dos hitmen/hitwomen; mais pormenores sobre a logística do hotel), mostra mais personagens (há mais hitmen/hitwomen, novos crime lords), move-se por novos locais (saímos de Nova Iorque e dos States) e explica mais detalhes sobre o perfil e vida do protagonista (John tem laços densos com o inimigo, carinho pela sua vítima, algo de leal com um hitman que o quer matar).
Mas como estamos no campo do actioner, o filme carrega bem no pedal da acção e do espectáculo e mantém a matriz do original – cenas de acção feitas em jeito old school, encenadas com sentido de impacto e realismo, coreografadas ao detalhe para um máximo de espectáculo.
Para aumentar a dose de espectáculo das set pieces e as dificuldades a John, desta vez os inimigos surgem às dúzias.
Excelente fotografia.
Tal como no original, desfile do finest gun power que existe no mercado.
Keanu Reeves continua em grande forma, mostrando como John Wick lhe é uma segunda pele. Wick junta-se à galeria de ilustres action heroes interpretados por Reeves – Johnny Utah (“Point Break”), Jack Traven (“Speed”), Thomas Anderson (“The Matrix”) e Tom Ludlow (“Street Kings”). Apesar de já andar nos 50s, Reeves mostra a muito chavalo o que é preciso para se ser convincente e carismático como action hero.
Bom elenco de apoio, que tem pequenas e divertidas presenças.
Final aberto a “John Wick: Chapter 3”. E cuidado – a batalha vai ser mais épica, brutal e sangrenta do que nunca.
É o urban action thriller noir clássico e capturado na sua glória, renovando os códigos estabelecidos pelos Mestres (Don Siegel, Walter Hill, John Woo) à modernidade (algumas cenas de acção têm algo de videogame na forma contínua como se desenrolam).
Sequela de grande nível.
Magnífico actioner.
Venha o Chapter 3.
Obrigatório.
“John Wick: Chapter 2” já anda nas salas portuguesas.
Realizador: Chad Stahelski
Argumentista: Derek Kolstad
Elenco: Keanu Reeves, Riccardo Scamarcio, Ian McShane, Laurence Fishburne, Ruby Rose, Bridget Moynahan, Peter Stormare, John Leguizamo, David Patrick Kelly, Common, Franco Nero
Site – http://www.johnwick.movie/
Orçamento – 40 milhões de Dólares
Bilheteira – 92 milhões de Dólares (USA); 171 (mundial)
“Melhor Música””, nos BMI Film & TV 2017.
“Melhor Entretenimento”, nos Davey 2017.
“Personagem Mais Cool do Ano” (John Wick), nos Golden Schmoes 2017.
Pretende-se que “John Wick” seja uma trilogia.
Keanu Reeves treinou com membros de forças especiais militares.
Chad Stahelski era realizador do primeiro filme e foi stuntman na trilogia “The Matrix”, em “Constantine” e “Point Break” – todos com Reeves, que chegou a ter Stahelski como o seu stuntman.
Reencontro entre Reeves e Laurence Fishburne, depois da trilogia “The Matrix”.
Reencontro entre Reeves e Peter Stomare, depois de ”Constantine” (2005), “Henry`s Crime” (2010) e “Swedish Dicks” (2016).
Reencontro entre Reeves e Common, depois de “Street Kings” (2008).
Body count – 116.
Keanu Reeves e ideias para um “John Wick: Chapter 3”:
(a ler só por quem já viu “John Wick: Chapter 2” – Reeves fala do final do filme)