Seasons 1 a 3
Série de terror, em ambiente victoriano, por onde passeiam vários e emblemáticos personagens do terror literário da época.
Há um excelente elenco a dar vida a uma história (e produção) que se bate com o que de melhor é feito em Cinema para o género.
Um grupo de homens e mulheres faz uma improvável parceria para enfrentar um mal que assola Londres e as vidas de cada um.
Criador: John Logan
Elenco: Eva Green, Timothy Dalton, Josh Hartnett, Rory Kinnear, Reeve Carney, Billie Piper, Harry Treadaway, Danny Sapani, Simon Russell Beale, Patti Lupone
Site – http://www.sho.com/penny-dreadful
Um clássico conto victoriano, no campo do terror, mistério e suspense.
Mas é, afinal, um monster tale sobre um conjunto de criaturas em luta (exterior) pela afirmação da sua humanidade e em confrontação (interior) com os seus montros.
Para os fiéis do terror clássico (literário ou cinematográfico), a série faz um “desfile” de alguns dos nomes mais relevantes – Dr. Frankentein, a Criatura de Frankenstein, a Noiva de Frankenstein, Dracula, Mina Harker, Van Helsing, Dr. Jekyll.
Um dos grandes méritos da série é mesmo a (engenhosa) criação da trama que consegue juntar tanto e notável personagem.
Excelente fotografia, guarda-roupa e cenografia, que nos envolvem perfeitamente naqueles ambientes.
Magnifico trabalho de todo o elenco.
Mas merecem destaque um impecável Timothy Dalton (atenção ao uso da sua voz), um comovente Rory Kinnear (a forma como transmite a dor do seu personagem) e uma arrebatadora Eva Green (sempre perfeita para estes ambientes – veja-se o seu olhar bem dark) que ”embrulha” a série sob o feitiço da sua prestação.
Uma das melhores propostas televisivas dos últimos largos tempos.
O Cinema não tem muito melhor, dentro do género, actualmente.
Obrigatório.
“Penny Dreadful” terminou ao fim de três Seasons, com a história completa e encerrada.
Eva Green esteve nomeada para “Melhor Actriz num Série Televisiva – Drama”, nos Globos de Ouro 2016. Perdeu para Taraji P. Henson em “Empire”.
“Melhor Caracterização”, “Melhor Música”, “Melhor Cenografia”, nos Bafta TV Craft 2015.
“Melhor Pilot”, em Camerimage 2015.
“Melhor Montagem numa Série Televisiva”, nos Prémios Canadian Cinema Editors 2015.
“Melhor Nova Série Televisiva”, nos Critics Choice Television 2014.
“Melhor Actriz de Televisão” (Eva Green), nos Fangoria Chainsaw 2016.
“Melhor Actriz Secundária – Drama” (Sarah Greene), nos Prémios Irish Film and Television 2016.
“Melhor Actor Secundário em Televisão” (Rory Kinnear), nos Satellite 2014.
“Penny Dreadful” é um termo do Século XIX, que se refere a literatura barata. As histórias eram contadas em forma de capítulos. Cada volume custava 1 Penny. Eram quase sempre contos de terror ou mistério.
John Logan não tinha curriculum televisivo, apenas cinematográfico (“The Aviator”, “Skyfall”, “Hugo”). Quando tentou a sua sorte no canal Showtime, levava apenas dois episódios escritos e um glossário sobre os personagens e o resto da história. Foi suficiente para concencer os executivos do canal.
Produção de Sam Mendes. Mendes pretendia realizar um par de episódios, mas conflitos de agenda impediram-no.
O conceito original visou sempre apenas a produção de três Seasons.
A criatura de Frankenstein refere-se como John Clare. John Clare era um poeta da época, contemporâneo a Lord Byron, John Keats e Percy Shelley. Nunca teve o reconhecimento e sucesso dos seus “rivais”. Pobre e incapaz de sustentar a sua família, Clare terminou a sua vida numa instuição de tratamento à sua demência e alcoolismo.
Em 2015, a editora Titan Books criou uma série de graphic novels, inspiradas pela série. Os autores são Chris King (um dos Executive Producers da série), Krysty Wilson-Cairns e Andrew Hinderaker. O primeiro volume saiu em Maio de 2016.
Detalhes:
http://titan-comics.com/c/514-penny-dreadful/
http://www.comicbookresources.com/comic-previews/penny-dreadful-1-titan-comics-2016-1
https://forbiddenplanet.com/comics/publishers/titan/penny-dreadful/