Título original – Pet Sematary
Stephen King é o grande Mestre do Terror, no campo da Literatura.
Os seus romances são sempre populares e o Cinema vai-lhe sempre buscar inspiração.
Eis uma bem-sucedida adaptação.
A família Creed muda-se para a sua nova casa, numa povoação do Maine.
Tudo parece correr bem.
Mas a casa dos Creed fica perto de um cemitério criado para animais.
Um cemitério que tem ascendência numa tribo de nativos americanos.
E certos eventos se vão dar quando animais e humanos morrem.
Quem nunca chorou a morte do seu animal de estimação, tendo desejado que ele voltasse à vida?
E o mesmo, mas por um ente querido?
Stephen King pega nessa vontade (universal e intemporal) e dá-lhe um horror twist à sua maneira.
O resultado é um muito escorreito scary movie, onde o terror anda de mão dada com um muito razoável drama familiar sobre a união e a perda (acabamos por ganhar simpatia e carinho pela família protagonista).
Lamenta-se o “segundo final”, pois é demasiado forçado. Mas não estraga o que de bom foi feito até então.
O elenco porta-se bem.
Mary Lambert (um nome em alta, devido ao seu prestígio ganho no mundo dos videoclips, principalmente com Madonna – “Like a Virgin”, “Borderline”, “Material Girl”, “La Isla Bonita”, “Like a Prayer”) dirige com eficácia, trazendo aqui e ali (os momentos dos sonhos) alguma da estética do meio oriundo, criando também alguns sustos (as aparições do gato) e fazendo bom uso do gore.
Uma das mais interessantes adaptações de Stephen King ao Cinema.
Recomendável.
“Pet Sematary” tem edição portuguesa, mas já é uma raridade nas lojas. Pode ser encontrado noutros mercados, a bom preço. Algumas das edições europeias têm legendas em Português. Nos USA há uma Collector`s Edition, com pertinentes extras.
Realizadora: Mary Lambert
Argumentista: Stephen King, a partir do seu romance
Elenco: Dale Midkiff, Denise Crosby, Fred Gwynne, Blaze Berdahl
Orçamento – 11.5 milhões de Dólares
Bilheteira – 57 milhões de Dólares (USA)
Mercado doméstico – 26 milhões de Dólares (USA)
Trailer
Nomeado para “Melhor Filme de Terror”, nos Saturn 1991. Perdeu para “Arachnophobia”.
“Prémio do Público”, em Avoriaz 1990.
Nomeado para “Melhor Filme”, no Fantasporto 1990. Perdeu para “Black Rainbow”.
Stephen King afirmou que o único romance seu que o assustou verdadeiramente foi… “Pet Sematary”.
King inspirou-se num evento da sua vida, quando morreu um gato da sua filha. Na zona existia um cemitério para os animais mortos.
Passaram alguns anos entre a escrita e a publicação do livro. Isto porque amigos e familiares de King detestaram o livro.
Bruce Campbell ia ser o protagonista.
George A. Romero ia realizar, mas ainda estava ocupado com “Monkey Shines” (é um dos seus melhores filmes).
Tom Savini (um mestre de make-up para filmes de terror) recusou realizar o filme.
King adaptou o seu próprio romance. Foi a primeira vez.
O argumento inicial focava, tal como o livro, um demónio nativo-americano. Mas tal ideia foi retirada do argumento final. Contudo, no filme ficam dois momentos onde há uma subtil referência a tal demónio – as cenas onde Louis e Judd passeiam pelo bosque e ouvem ruídos.
King esteve sempre presente nas filmagens, pois estas decorriam a poucos Quilómetros da sua casa (Bangor, Maine).
O cemitério dos Micmac teve de ser todo construído.
Para Mary Lambert, Fred Gwynne foi a sua única escolha para o personagem destinado.
Numa lápide do cemitério aparece um certo Smuckey. Era o tal gato da filha de King.
Num momento, o personagem de Gwynne faz referência a um animal chamado Spot. Spot era o nome do animal de estimação da família da série “The Munsters” (1964), onde Gwynne participava.
King é grande fã dos The Ramones, que são alvo de referência em “Pet Sematary” (o livro). Honrados com tal gesto, o grupo criou a canção principal do filme.
Eis a canção
Cameo de Stephen King – é o padre, no funeral.
O filme teria uma sequela. Mas sem a presença de King e nem seria uma adaptação de um romance seu. Apenas um argumento criado de propósito para o filme.
Em 2011 falou-se de um remake. Seria realizado por Juan Carlos Fresnadillo (“28 Weeks Later”). Nada se concretizou ainda.
Sobre Stephen King
http://www.goodreads.com/author/show/3389.Stephen_King
http://www.biography.com/people/stephen-king-9365136
As adaptações cinematográficas da obra de King
http://io9.gizmodo.com/all-56-single-stephen-king-movies-and-tv-series-adaptat-1783887752
[…] o sucesso do filme original (já aqui visto), eis, sem surpresa, a […]