Mais um Long Goodbye em Cinema.
Agora ao grande, durão e divertido Bud Spencer.
Nascido em Nápoles com o nome Carlo Pedersoli, Bud torna-se o primeiro italiano a nadar 100 metros livres em menos de 1 minuto.
Compete em Jogos Olímpicos, não apenas em natação como também em pólo aquático.
Forma-se em Direito e ganha o gosto pela representação ao participar como extra em “Quo Vadis” (1951, de Mervyn LeRoy, com Robert Taylor e Deborah Kerr), filmado em Itália.
Para uma maior internacionalização, muda o nome para Bud Spencer (Bud, devido ao seu gosto pela cerveja Budweiser; Spencer pelo seu apreço a Spencer Tracy, o seu actor favorito).
Muito trabalho lhe surge nos 60s, principalmente no campo do Western Spaghetti – “Al Di Là Della Legge” (1968, ao lado de Lee Van Cleef), “Un Esercito di 5 Uomini” (1969, ao lado de Peter Graves).
Em 1967, faz parceria com Terence Hill (Mario Girotti) e cria-se uma dupla que durará até final dos 90s – “Dio Perdona… Io No!”, “I Quattro dell’ Ave Maria”, “La Collina degli Stivali”.
O sucesso surge-lhe(s) em grande em 1970 com o surpreendente “Lo Chiamavano Trinità…” (que teria sequela com “Continuavano a Chiamarlo Trinità”).
Seguem-se títulos como “Il Corsaro Nero”, “…Più Forte Ragazzi!”, “…Altrimenti Ci Arrabbiamo!”, “Porgi l’altra Guancia”, “I Due Superpiedi Quasi Piatti”, “Pari e Dispari”, “Io Sto Con Gli Ippopotami”, “Chi Trova Un Amico Trova Un Tesoro”, “Nati con la Camicia”, “Non c’è Due Senza Quattro”, “Miami Supercops”, sempre com sucesso e popularidade.
Spencer & Hill fazem um total de 18 filmes em conjunto.
Spencer (tal como Hill) também fez filmes a solo (dentro dos mesmos moldes dos filmes que fazia com Hill) – “Una Ragione Per Vivere e Una Per Morire” (ao lado de lendas como James Coburn e Telly Savalas), “Anche Gli Angeli Mangiano Fagioli” (ao lado de Giuliano Gemma), “Piedone lo Sbirro” (e a sequela “Piedone d’Egitto”), “Charleston” (ao lado de Herbert Lom), “Lo Chiamavano Bulldozer”, “Uno Sceriffo Extraterrestre… Poco Extra e Molto Terrestre”, “Chissà Perché… Capitano Tutte a Me”, “Occhio Alla Penna”, “Banana Joe”, “Bomber”.
Também o vemos, noutro registo em “4 Mosche di Velluto Grigio”, de Dario Argento.
No final dos 80s anda pela televisão, com séries de telefilmes como “Big Man” e “Extralarge” (ao lado de Philip Michael Thomas – o Tubbs de “Miami Vice”).
Por lá continuou, fazendo aqui e ali um filme.
Tornou-se piloto de helicóptero e até fundou a sua empresa de transporte (Mistral Air).
Investe também no campo da roupa para crianças.
Em 2005, Spencer entra no mundo da política (a pedido de Berlusconi), tornando-se conselheiro de uma força política em Lazio.
Os seus filmes deram imenso entretenimento a muitas gerações (alguém se lembra das matinés sempre cheias no velhinho Cinema Batalha, no Porto?; dos Verões que traziam sempre o filme com Spencer & Hill, bem como um com cada um deles?).
Spencer criou, brilhantemente, uma imagem de brutamontes, mas de bom coração, sempre em prol dos pequenos e dos injustiçados.
A sua química com Hill era perfeita (há laivos de tal no recente, e excelente, “The Nice Guys”, com Russell Crowe e Ryan Gosling).
Perde-se um actor imenso. No seu tamanho, no seu carisma, na sua atitude.
E no seu talento, claro.
Sim, porque não se enche salas, cativa-se espectadores e gerações, faz-se História no Cinema, sem talento (muito ou pouco).
Morre um símbolo de uma geração (aquela que era criança/adolescente nos 70s e 80s).
Arrivederci, Bud/Carlo.
Ci vediamo nos muitos filmes feitos. Sempre de punho dado ao entretenimento e de murro ao tédio.
Evocações
Sobre a dupla Bud Spencer & Terence Hill
Trailers de alguns filmes
Trinitá
Banana Joe
Anche Gli Angeli Mangiano Fagioli
Piedone Lo Sbirro
Uno Sceriffo Extraterrestre
I Due Superpiedi Quasi Piatti
Io Sto Con Gli Ippopotami
Chi Trova Un Amico Trova Un Tesoro
Nati con la Camicia
Miami Supercops