–
Título Original – The Conjuring 2
Em 2013, James Wan (já com bom curriculum no terror – “Saw”, “Dead Silence”, “Insidious”) adaptava ao Cinema as “aventuras” do casal Warren (Lorraine e Ed), peritos no combate às forças do Mal.
O filme (já aqui visto) era uma rollercoaster de sustos e foi um enorme sucesso (316 milhões de Dólares – a nível mundial – face a um orçamento de 20).
Sem surpresa, eis a sequela.
Que marca o regresso de Wan ao terror (depois da sua bem-sucedida experiência no campo do action cinema e dos blockbusters – assinou “Fast & Furious 7” e conseguiu o maior sucesso da saga e um dos 5 maiores de sempre).
1977.
Lorraine e Ed Warren viajam até Inglaterra.
A viagem nada tem de lazer. Os Warren vão ajudar uma mãe de quatro filhos, que tem a sua casa assolada por demónios.
Mas tudo se complica quando surgem provas que tudo é uma fraude.
Ou não?
Terminada a sua (muito bem sucedida) passagem pelos blockbusters (ao qual vai regressar em 2017, com “Aquaman”, que marca a entrada do realizador nos superhero movies) e pela acção (automobilística) mais espectacular, James Wan regressa a “casa”, o seu género eleito – o terror.
“The Conjuring 2” aposta na continuidade face ao anterior, mas com um caso inteiramente diferente.
Continuamos no campo das casas assobradas, de pessoas possuídas por demónios, mas o filme não se limita a ser uma sucessão (absolutamente brilhante na sua encenação) de sustos, fazendo (tal como no episódio anterior) uma forte aposta no lado humano e emocional.
Se por um lado temos o convívio com aquela família (uma mãe com duas filhas e dois filhos, a tentarem sobreviver e a unirem-se perante o Mal que os assola), por outro temos a dinâmica dos Warren (as dúvidas de Ed, os receios de Lorraine).
É esta riqueza humana que faz com que a saga “The Conjuring” se desmarque de outras sagas de terror (mantém paralelismos com a saga “Insidious”, também criada por Wan).
Mas isto é um filme de terror.
E de que maneira!!!
James Wan volta a mostrar toda o seu savoir-faire para o género e dá-nos mais um circo de medo e terror, capaz de nos “limpar” as unhas e pôr o coração em alta rotação.
Vera Farmiga e Patrick Wilson continuam excelentes como Lorraine & Ed Warren.
O restante elenco acompanha-os com igual nível de competência, sendo de destacar uma impecável Frances O’Connor (que bem traduz o desespero daquela mãe) e de uma superior (e muito promissora) Madison Wolfe (que incarna bem o medo que se apodera da sua personagem).
“The Conjuring 2” marca o regresso de um realizador em grande forma (não há que ter medo em dizê-lo – Wan é, “apenas”, o melhor realizador de terror da actualidade, conseguindo assim reclamar o trono ocupado outrora por John Carpenter e Sam Raimi), conseguindo criar aquela que considero como a melhor saga de terror da actualidade (se bem que é difícil medi-la face a “Insidious” – outra saga criada por Wan, cujo “Chapter 4” já vem a caminho).
Ainda não há notícias de um “The Conjuring 3”. Mas sabe-se que Wan quer fazê-lo e até já tem ideias.
Venha ele.
Até lá, Wan vai continuar activo no terror, ainda que apenas como produtor.
Para além de “Insidious: Chapter 4” (em 2017), também virá “Annabelle 2” (o spin-off de “The Conjuring”; igualmente para 2017).
Prontinho (para Julho 2016) está “Lights Out”, sobre uma família que é assustada por um espírito demoníaco que só aparece na escuridão. Dirige David F. Sandberg (que também terá tal função em “Annabelle 2”) e vem escrito por Eric Heisserer (o remake de “A Nightmare on Elm Street”, a prequela de “The Thing”), com Teresa Palmer, Maria Bello, Gabriel Bateman e Alexander DiPersia.
Uma sequela de grande nível.
O melhor filme de terror do ano e um dos melhores de sempre.
Obrigatório.
“The Conjuring 2” já está nas salas portuguesas.
(e a deixar muita gente aos gritos e a abandonar a sala – eu sei, eu vi e ouvi tal)
Realizador: James Wan
Argumentistas: Carey Hayes, Chad Hayes, James Wan, David Leslie Johnson
Elenco: Vera Farmiga, Patrick Wilson, Madison Wolfe, Frances O’Connor, Lauren Esposito, Benjamin Haigh, Patrick McAuley, Simon McBurney, Franka Potente
Site – http://www.theconjuring2.com/
Orçamento – 40 milhões de Dólares
Bilheteira (até agora) – 81 milhões de Dólares (USA); 199 (mundial)
Sobre os Warren
http://www.thedemonologist.net/work4.htm
Sobre o caso verídico que inspira o filme
(o evento foi provado como uma mentira, mas Wan ignora, em parte, tal e segue um argumento autónomo)
http://www.historyvshollywood.com/reelfaces/conjuring-2-enfield-poltergeist/
“The Conjuring” originou um spin-off – “Annabelle” (já com sequela a caminho – 2017), sobre uma boneca vista em momentos de “The Conjuring”.
“The Conjuring 2” também vai gerar um outro spin-off – “The Nun”, à volta do demónio (vestido de freira) que surge em “The Conjuring 2”.
James Wan recusou fazer “Fast & Furious 8” (estreia no Verão 2017) e um chorudo ordenado. Wan preferiu fazer “The Conjuring 2”, regressando assim ao Cinema que sabe fazer melhor.
Logo no primeiro dia de filmagens, o set foi abençoado por um padre.
O filme original procurou ter uma classificação PG-13. Esta sequela foi feita sempre a pensar na classificação R.
Baseado no caso que ficou classificado como “The Enfield Poltergeist”.
Tal caso já inspirou uma mini-série – “The Enfield Haunting”.
O filme deveria ter estreado em Outubro de 2015. Mas dado o atraso nas filmagens de “Fast & Furious 7” (o falecimento de Paul Walker, refilmagens, maior complexidade dos efeitos visuais, alterações no argumento, pausas na produção), obrigou Wan a iniciar a produção de “The Conjuring 2” mais tarde.
Wan realmente fez um excelente trabalho! Este filme é realmente assustador! A verdade eu fiquei supresa quando eu vi o filme. Esse filme de terror se tornou em uma das minhas histórias preferidas além do filme filme Sobrenatural 4 A Ultima Chave. . Gostei muito da história por que não é tão previsível como outras. Um fator que fez deste um grande filme foi a atuação de Lin Shaye, seu talento é impressionante. É uma historia que vale a pena ver. Vai gostar.
De facto, Wan tem-se revelado um magnífico realizador de terror old school. Desde John Carpenter que o género não tinha alguém assim. Wan surpreende ainda mais por causa de vir de um terror mais explícito (“Saw”).
O “Insidious 4” ainda não foi visto. Mas está na lista. Obrigado pela recomendação.
Lin Shaye é uma excelente actriz. O seu jeito para o terror está no sangue – o seu irmão é o lendário Robert Shaye, o fundador da mítica New Line (a grande Horror House dos 80s – “A Nightmare on Elm Street”, “Critters”, “The Hidden”).