Título Original – The Hunger Games: Mockingjay – Part 2
E assim nos despedimos de uma das sagas cinematográficas (vinda de uma literária) mais populares e relevantes do cinema actual.
(para quem se sinta “abandonado”, “The Maze Runner” e “Divergent” continuam; e já há mais sagas literárias a caminho do Cinema – “The 5th Wave” chega na próxima semana, com Chloë Grace Moretz)
O clima de revolta é cada vez maior na população.
Katniss lidera o movimento. Juntos têm apenas um objectivo – destruir o Capitólio, derrubar o governo, matar o Presidente.
Mas haverá um grande preço a pagar. Por todos.
Depois de uns “tiritos” e de algum “fogo de artifício” vistos nos episódios anteriores, agora sim, the real deal.
Francis Lawrence prometeu e cumpriu – este é o mais dinâmico, espectacular e violento (dentro de moldes aceitáveis para um filme para adolescentes) filme da saga.
O filme acompanha o raid definitivo e decisivo da Resistência e, como tal, siga para boa acção de combate.
Como sempre se viu na saga, há sempre relevância ao factor humano, o que desencadeia várias emoções. Aqui tudo é levado ao limite, dado o sacrifício (enorme) de muitos personagens.
A reviravolta final deixa (muitas) considerações ao espectador, mostrando como a saga “The Hunger Games” tem mesmo um forte sentido metafórico sobre certos contextos sócio-políticos mundiais da actualidade (e Portugal que o diga).
Francis Lawrence empenha-se bem no lado espectacular da acção (atenção ao confronto no túnel a lembrar “Aliens” e “Alien: Resurrection”).
Os efeitos visuais ajudam muito bem na criação de imagens com impacto e memoráveis.
Jenny está sempre bem, agora com uma Katniss a receber intensos estímulos emocionais.
Um digno final de saga, que corrige alguns dos erros dos episódios anteriores. Agora temos uma narrativa mais fluída e mais dinâmica, sem negligenciar o espectáculo, a acção, a intriga, o drama, as emoções e os personagens.
O melhor episódio da saga.
Muito recomendável.
“The Hunger Games: Mockingjay – Part 2” ainda está em exibição nas salas, mas já está em final de carreira.
Realizador: Francis Lawrence
Argumentistas: Peter Craig, Danny Strong, a partir da saga literária de Suzanne Collins
Elenco: Jennifer Lawrence, Josh Hutcherson, Liam Hemsworth, Woody Harrelson, Donald Sutherland, Philip Seymour Hoffman, Julianne Moore, Sam Claflin, Elizabeth Banks, Jena Malone, Jeffrey Wright, Stanley Tucci, Natalie Dormer, Michelle Forbes
Site – http://www.thehungergames.movie/
Orçamento – 160 milhões de Dólares
Bilheteira – 274 milhões de Dólares (USA); 636 (mundial)
Baseado na saga literária de Suzanne Collins.
Sobre a escritora – http://www.suzannecollinsbooks.com/
O primeiro cut era de quase 3 horas.
O realizador Francis Lawrence afirma que este é o mais espectacular e violento episódio da saga.
Os efeitos visuais do filme eram de tal modo complexos, que a equipa começou a trabalhar neles ainda antes da Part 1 ser exibida nas salas.
Muitas das cenas que envolvem o Capitólio foram filmadas em Paris – Palacio d’Abraxas à Noisy-Le-Grand.
É o último filme de Philip Seymour Hoffman. O actor morreu uma semana antes de terminar o seu trabalho no filme. Stand-ins, body doubles, truques de enquadramento e alguns efeitos digitais ajudaram a que o actor terminasse as filmagens.
É um blockbuster rodeado de gente premiada, oscarizada e nomeada – Jennifer Lawrence (nomeada por “Winter’s Bone” e “American Hustle”, premiada em “Silver Linings Playbook”), Woody Harrleson (nomeado em “The People vs. Larry Flynt” e “The Messenger”), Julianne Moore (nomeada em “Boogie Nights”, “The End of the Affair”, “The Hours” e “Far From Heaven”; premiada em “Still Alice”), Philip Seymour Hoffman (premiado em “Capote”; nomeado em “Doubt”, “Charlie Wilson’s War” e “The Master”) e Stanley Tucci (nomeado em “The Lovely Bones”).
No dia em que o filme foi mostrado à imprensa, Jennifer Lawrence deixou a sua marca no Chinese Theater. Jenny junta-se assim a uma vasta galeria de famosos do Cinema que deixaram a sua impressão no famoso passeio.
Pode não ser o adeus à saga – o presidente do estúdio produtor (Lionsgate) admite a possibilidade de um quinto filme, em jeito de sequela ou prequela.
“The Hunger Games” vai inspirar a criação de três parques temáticos (dois nos USA, um na China).
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