Sherlock Holmes é uma das maiores criações literárias de sempre.
Criado por “Sir” Arthur Conan Doyle, Holmes não pára de cativar gerações ao longo de séculos.
O mundo do audiovisual não lhe poderia ficar imune. Imensos filmes (Basil Rathbone fez história; Robert Downey Jr. faz uma variação bem divertida, irreverente e heróica) e séries (Jeremy Brett é o favorito, Peter Cushing também se saiu bem, Benedict Cumblebatch é excelente na recente modernização do personagem) prestaram-lhe o devido tributo.
Ei-lo de volta, agora mais veterano.
Num trabalho à medida do enorme talento do grande “Sir” Ian McKellen.
1947.
Sherlock Holmes está retirado da vida da investigação criminal. O seu tempo é dedicado ao lazer, descanso, à cura da sua falta de memória e ao hobby da apicultura. Mas Holmes ainda vive atormentado por um caso antigo, o seu último. Disposto a lembrar-se de todos os detalhes, Holmes procura uma lógica para o caso e uma razão para a sua vida.
Depois da celebração do mito em tantos filmes e séries (continuam em exibição e produção as excelentes “Sherlock” e “Elementary”), eis uma abordagem ao homem.
Desta vez, não vemos Holmes como o super-detective na resolução de um rebuscado caso, mas assistimos à confrontação de Holmes com a sua velhice, a perda das suas capacidades e um agarrar final a algo que perdeu mas que precisa de recuperar para assim encontrar um derradeiro sentido de vida.
“Mr. Holmes” é, afinal, uma crónica do acto final da vida humana e da procura de um significado para ela.
Como pilar, uma bonita história de amizade (a de Holmes com o pequeno Roger), que é, afinal, uma história de paternidades perdidas e tardias.
“Sir” Ian McKellen tem uma interpretação absolutamente portentosa, dolorosa, emotiva e humana, só ao alcance de um gigante da representação como ele.
Milo Parker é um pequeno prodígio de simpatia e naturalidade, antevendo um brilhante futuro.
Bill Condon dirige com tranquilidade e sensibilidade.
Excelente fotografia, a ilustrar uma deslumbrante paisagem.
Bonito score do sempre excelente Carter Burwell
Um belíssimo filme, que permite um olhar mais sentimental sobre um mítico e eterno personagem.
Muito recomendável.
“Mr. Holmes” prepara-se para chegar ao mercado doméstico.
Realizador: Bill Condon
Argumentista: Jeffrey Hatcher, a partir do livro de Mitch Cullin (“A Slight Trick of the Mind”), inspirado nos personagens criados por “Sir” Arthur Conan Doyle
Elenco: Ian McKellen, Laura Linney, Milo Parker, Hiroyuki Sanada, Hattie Morahan, Patrick Kennedy, Roger Allam
Site – http://www.mrholmesfilm.com/
Bilheteira – 26 milhões de Dólares
“Melhor Actor” (Ian McKellen), nos Prémios Golden Space Needle 2015.
Sobre Sherlock Holmes
O seu museu
http://www.sherlock-holmes.co.uk/
Um jogo com Sherlock Holmes
http://www.sherlockholmes-thegame.com/
Sobre “Sir” Arthur Conan Doyle
http://www.biography.com/people/arthur-conan-doyle-9278600
A sua obra
http://www.sherlockholmesonline.org/
“A Slight Trick of the Mind” era o título inicial do filme. É também o título do livro em que o filme se baseia, da autoria de Mitch Cullin.
Sobre Cullin
https://www.goodreads.com/author/show/55082.Mitch_Cullin
Filmado nas bonitas zonas do Kent e do Sussex.
Ian McKellen teve de aprender apicultura.
Reencontro entre Bill Condon e McKellen, depois de “Gods and Monsters” (1998).
Novo encontro entre Laura Linney e Condon – “Kinsey” (2004), “The Big C” (2010-2013).
McKellen e Hiroyuki Sanada já tinham trabalhado em “The Wolverine” (2013), mas não tinham cenas juntos.
Num momento do filme, Holmes assiste a um filme sobre ele e uma das suas aventuras. Nesse trecho, Holmes é interpretado por Nicholas Rowe. Rowe já interpretou (e muito bem) Holmes, ainda jovem, no muito simpático “Young Sherlock Holmes (& The Pyramid of Fear)” (1985). Nesse filme, o Dr. Watson é interpretado por Alan Cox, cujo pai é Brian Cox, que seria o vilão em “X2 – X-Men United”, onde McKellen interpreta Magneto.
McKellen já trabalhou com outros actores que interpretaram Sherlock Holmes – Benedict Cumberbatch (em “The Hobbit”) e ”Sir” Christopher Lee (em “The Lord of the Rings”).
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