Um scary movie que mostra o quanto são assustadores e mortíferos os espelhos.
Timothy Allen Russell recebe alta do hospital psiquiátrico onde tem estado desde há muitos anos. Tim foi hospitalizado e tratado devido a um trauma de infância – assistiu ao bárbaro assassinato da mãe às mãos do pai.
Kaylie, a irmã, recebe-o e acolhe-o em casa.
Kaylie propõe a Tim a captura e destruição do assassino, que ela já descobriu a identidade – um antigo espelho, que está possuído.
Segue-se uma noite de sustos (causados pelas memórias do passado e pelas acções do espelho), mas também de determinação em vingar a mãe.
Um carregado e atmosférico título de suspense e terror psicológico.
Muita da tensão gerada passa pela permanente dúvida sobre o que é real e irreal.
Momentos de susto muito bem conseguidos, vivendo mais do ambiente e da perturbação da calma.
Boa prestação do elenco.
Karen Gillan tem presença cativante e mostra capacidades para mais.
Mike Flanagan dirige com muita eficácia e competência, em plena filiação com a forma clássica de filmar terror (mais atmosfera e tensão, menos blood & guts).
Um dos melhores scary flicks dos últimos tempos.
Recomendável.
“Oculus” não teve estreia nas nossas salas e continua inédito no nosso mercado. Mas pode ser encontrado noutros.
Realizador: Mike Flanagan
Argumentistas: Mike Flanagan, Jeff Howard, Jeff Seidman
Elenco: Karen Gillan, Brenton Thwaites, Katee Sackhoff, Rory Cochrane, Annalise Basso, Garrett Ryan
Sites
Orçamento – 5 milhões de Dólares
Bilheteira – 27 (USA); 41 (mundial)
“Melhor Filme”, “Melhor Actriz Secundária” (Katee Sackhoff), “Melhor Música”, nos Prémios Fangoria 2015.
“Melhor Montagem”, nos Prémios Fright Meter 2014.
Dos produtores de “Insidious” e “Paranormal Activity”.
Mike Flanagan já tinha dirigido a short “Oculus: Chapter 3 – The Man with the Plan” (2006), título com uma trama semelhante a “Oculus”. A short compunha-se por apenas um cenário, um actor/personagem e um espelho. Ficou popular e suscitou interesse em produzir-se uma longa-metragem. Mas Flanagan só recebia “ordens” para que o filme recorresse à técnica de found footage. Flanagan recusou tal ideia. A Intrepid Pictures ofereceu-se a produzir, mas com uma condição – não haver recurso a… found footage.
Eis a short:
Flanagan inspirou-se em histórias de H. P. Lovecraft.
Filmado em 24 dias.
Numa cena, Tim está a ver televisão e esta fica carregada de estática. Mas se esse momento for visto em slow motion, podem-se ver três shots de Kaylie a surgir no ecran do televisor.
O filme vai ter um remake. Mas feito em Bollywood. Chamar-se-á “Zahhak”.