Título Original – Fantastic Four: Rise of the Silver Surfer
Perante o sucesso de “Fantastic Four”, eis a sequela.
Com um convidado de luxo, que é um dos personagens mais fascinantes da bd – o Silver Surfer.
O quarteto e o visitante galáctico reúnem-se para a adaptação de uma das melhores sagas que a banda desenhada já criou.
O filme estará ao mesmo nível?
O quarteto anda feliz. Há paz, tem-se feito boas investigações científicas e agora há o casamento de Sue & Reed.
Mas as núpcias duram pouco.
À Terra chega um misterioso surfista, vindo de outro mundo, com uma missão bem destrutiva sobre o nosso planeta.
O grupo reúne-se para enfrentar a ameaça.
Mas a verdade à volta do visitante é mais trágica do que parece.
É necessária ajuda fantástica.
Como boa sequela que se preze, esta segue a regra de “mais do mesmo”.
E com a proeza de ter menos metragem, centrando-se naquilo que é relevante e que melhor funcionou no filme original, permitindo ter um argumento mais arrumadinho.
Continuamos com bom humor (as partidas entre Johnny e Ben), elevado companheirismo (a dinâmica da equipa), o devido drama (o casamento de Reed & Sue; as dúvidas dela e o stress científico dele; a possibilidade da equipa se separar), algum inesperado (os F4 a terem de fazer parceria com o seu inimigo Dr. Doom), generosas doses de acção (a perseguição de Johnny ao Silver Surfer) e de espectáculo (a batalha final).
Mas o filme não se limita a trazer o mesmo e a aumentar a escala.
Há lugar para novidades (o Fantasticar) e para evolução (a maturidade de Johnny).
A saga que junta os Fantastic Four ao Silver Surfer é dos momentos mais altos da História dos Comics. Pela dimensão épica, humana e sentimental, bem como pela perfeita ilustração e pelo desenfreado ritmo criado.
O drama existencialista e cósmico da saga do Silver Surfer é de tal modo poderoso, que Stan Lee chegou a receber um convite do prestigiado artista europeu Jean “Moebius” Giraud (que viu no personagem uma riqueza humana, sentimental e humanista, muito ao gosto europeu) para criarem uma bd. O resultado é uma obra-prima de Arte e Banda Desenhada, que está nos píncaros do meio.
O filme faz uma correcta adaptação, no campo visual, mas sendo muito ligeiro no campo humano e emocional.
(dava jeito mais metragem, com mais tempo e atenção ao surfista, ao seu drama e à sua história)
Excelentes são os efeitos visuais (veja-se o surfista).
Como já vinha do filme anterior, óptima química do grupo protagonista.
Há uma cena extra durante o genérico final.
Apesar das suas fraquezas, “Fantastic Four: Rise of the Silver Surfer” é um daqueles casos raros em que a sequela supera o original.
Havia planos para mais aventuras do quarteto (e pelo andar da carruagem, as coisas podiam melhorar muito), bem como uma saga autónoma para o Surfista.
Nada se concretizou, infelizmente.
“Fantastic Four: Rise of the Silver Surfer” tem edição em Portugal (DVD – 1 ou 2 discos – e Blu-Ray), andando já a preço que merece surfar para a prateleira do nerd.
Realizador: Tim Story
Argumentistas: Don Payne, Mark Frost, a partir da bd criada por Stan Lee e Jack Kirby
Elenco: Ioan Gruffudd, Jessica Alba, Chris Evans, Michael Chiklis, Julian McMahon, Kerry Washington, Laurence Fishburne, Doug Jones, Andre Braugher, Beau Garrett
Trailers
https://www.youtube.com/watch?v=wuaE80L9y6w
https://www.youtube.com/watch?v=74oUIzqhwVQ
Orçamento – 130 milhões de Dólares
Bilheteira – 131 (USA); 289 (mundial)
Sobre os Fantastic Four:
http://marvel.wikia.com/Fantastic_Four_%28Earth-616%29
http://marvel.com/characters/69/fantastic_four
http://marvel.com/comics/series/18700/fantastic_four_2014_-_present
Sobre o Silver Surfer
http://marvel.com/universe/Silver_Surfer
http://www.comicvine.com/silver-surfer/4005-2502/
http://marvel.wikia.com/wiki/Norrin_Radd_%28Earth-616%29
Relevância no Universo Marvel:
- O casamento de Reed & Sue
- A maturidade de Johnny
- A chegada do Silver Surfer
- A descoberta de Galactus
Esteve nomeado para “Melhor Filme de Ficção Científica”, nos Prémios Saturn 2008. Perdeu para “Cloverfield”.
“Melhor Teaser Poster”, nos Prémios Golden Trailer 2008.
“Estrela Feminina Favorita” (Jessica Alba), nos Prémios Kids’ Choice 2008.
Teve algumas nomeações para os Razzie 2008. Jessica Alba seria (mais uma vez) a “Pior Actriz”, mas Lindsay Lohan (por “I Know Who Killed Me”) foi ainda “melhor”.
Cameo de Stan Lee (um dos criadores do grupoi, em bd) – é o convidado do casamento, proibido de entrar.
Nick Fury ia aparecer neste filme (como acontece em todos os Marvel Movies recentes – Fury vem com o rosto de Samuel L. Jackson), mas foi substituído pelo General Hager.
Laurence Fishburne ia dar voz a Galactus. Mas quando se optou pela ideia do personagem ser mudo, o actor foi chamado para dar voz ao Silver Surfer.
Djimon Hounsou, Gary Sinise e Timothy Olyphant foram considerados para dar voz ao Silver Surfer.
Andre Braugher recusou participar em “Emergency Room”, só para que pudesse estar neste filme.
Durante as filmagens, ainda era incerto se o Surfista iria ter voz ou não.
No argumento inicial, é de Reed que vem a ideia para a solução final. Tim Story decidiu que tal se devesse a Johnny, para que assim o personagem tivesse mais relevo e evoluísse na sua maturidade (como pessoa e dentro do grupo).
Michael Chiklis recebeu um novo e mais confortável conjunto de prosthetics – mais leves, mais frescas e ventiladas, mais fáceis de pôr e tirar.
A floresta mostrada no filme é a mesma mostrada nos três filmes que compõem a saga “X-Men”.
Jessica Alba usou uma peruca loira. No filme anterior, pintou o seu cabelo de loiro.
O estúdio não gostou do make-up dado a Doom, pelo que este aparece frequentemente nas sombras.
Doug Jones interpretava o Surfista com um fato especial (desenvolvido pela Spectral Motion), com recurso a CGI (da Weta Digital) para dar um especial brilho e e reflexo ao seu corpo.
Na cena em que Johnny aterrra na areia, vê-se o logo do quarteto.
Aparece um outro “4” (o logo do grupo) – quando Johnny recebe os poderes dos amigos, vê-se o símbolo numa rocha atrás de Ben.
Num momento, Susan mostra a sua preocupação em ter um filho. Na bd, ela e Reed têm um filho – Franklin Benjamin Richards, que tem poderes telepáticos.
O vestido de Alba na cena do casamento é desenhado por Escada.
O Fantasticar foi feito em parceria com a Chrysler.
Distribuído pelas salas com o título “Broom Field”.
Como forma de promoção, a 20th Century Fox fez um acordo com a empresa The Franklin Mint, para produzir 40.000 “moedas” – todas com o Silver Surfer.
Alterações feitas no filme face à bd:
- No filme, Silver Surfer ganha os poderes a partir da prancha; na bd não é assim, o Surfista consegue voar mesmo sem prancha (esta ajuda a que o Surfista não gaste toda a sua energia quando voa).
- O filme inspira-se na “The Galactus Trilogy” (Galactus e o Silver Surfer chegam à Terra), “Fantastic 4” #57-60 (o Dr. Doom consegue roubar os poderes do Surfista) e “Ultimate Marvel – Ultimate Extinction”.
- No filme, o Surfista consegue renascer os mortos; na bd, não.
Havia planos para um terceiro filme, bem como um filme autónomo dedicado ao Silver Surfer. Mas perante os resultados na bilheteira, os dois projectos foram cancelados.
A Grande Ilusão 