Título Original – It Follows
O cinema de terror americano, independente e de baixo orçamento, vive um momento de vitalidade.
Nele se assiste a um certo comeback de um espírito temático, técnico e estético existente nos 70s e 80s, onde é visível toda a influência de John Carpenter.
Eis um muito bom exemplo.
Um espírito maligno persegue uma jovem.
A única forma dela se libertar é ter uma relação sexual com alguém, para que a nova vítima seja essa pessoa.
Mas o seu grupo de amigos parece disposto a enfrentar o demónio e a quebrar a maldição.
Pode ser visto como uma parábola sobre os (eventuais) malefícios (mortíferos) do sexo.
Mas “It Follows” é, também e acima de tudo, um spooky horror flick de grande eficácia e competência.
Ambiente permanentemente tenso, algumas cenas capazes de inquietar e fazer saltar na cadeira, uma boa gestão do som e do espaço, música angustiante e um final que aumenta o ritmo cardíaco.
Prestação simples e honesta dos actores.
Uma muito boa mix de “ John Carpenter`s ´Halloween`” e “The Ring”, onde também passam ecos do terror clínico de David Cronenberg.
Conclusões:
- John Carpenter continua a ser a principal influência de uma nova geração de novos realizadores deste género.
- As lições dadas pelo The Master estão muito bem aprendidas.
Uma das mais cativantes, viciantes e assustadoras propostas do género, em anos.
Se será um clássico, só o tempo o dirá, mas há aqui muito potencial para um futuro cult movie.
Muito recomendável.
Realizador: David Robert Mitchell
Argumentista: David Robert Mitchell
Elenco: Maika Monroe, Keir Gilchrist, Olivia Luccardi, Lili Sepe, Jake Weary, Daniel Zovatto
Site – http://itfollowsfilm.com/
Orçamento – 2 milhões de dólares
Bilheteira – 14 (USA)
“Melhor Filme”, “Melhor Argumento”, no Austin Fantastic Fest 2014.
“Prémio da Crítica”, no Festival de Deauville 2014.
“Grande Prémio”, “Prémio da Crítica”, no Festival de Gérardmer 2015.
“Prémio do Público”, no Festival Nocturna Madrid 2015.
David Robert Mitchell inspirou-se em filmes de John Carpenter, David Cronenberg, Roman Polanski, Stanley Kubrick e Don Siegel.
O argumento inspira-se num pesadelo do realizador, onde ele sonhava que um predador o perseguia, lenta e permanentemente.
O filme procura não ter uma época definida, devido ao uso de roupas, tecnologia e carros de diferentes épocas.
No seu filme anterior (“The Myth of the American Sleepover”), Mitchell abordava as relações entre os adolescentes. Para este “It Follows”, Mitchell quis fazer uma parábola, sobre a forma de filme de terror, à volta dos perigos das doenças sexualmente transmissíveis.
A Grande Ilusão 
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