Título Original – Ant-Man
Os super-heróis da Marvel estão de volta.
Agora com um dos seus pioneiros – Ant-Man.
Scott Lang é um antigo ladrão que recebe uma oportunidade de mudar de vida.
O Dr. Hank Pym dá-lhe oportunidade de usar um fato, que apesar de dar a Scott uma dimensão minúscula, permite-lhe ter incríveis poderes.
Scott vai usar esses poderes e as suas antigas capacidades para levar a cabo uma missão que pode salvar o mundo, evitando assim que a invenção do Dr. Pym caia nas mãos de um rival.
E uma aventura de épicas minúsculas proporções se inicia.
A ideia de um homem poder reduzir-se e ampliar-se sempre que quer permite grande delírios.
Do ponto de vista visual, ainda mais.
Estamos perante uma superhero movie que é um verdadeiro regalo de fantasia e peripécias, tanto pela ideia como pela forma como a ilustra.
Se é notável (brilhante, mesmo) o trabalho dos efeitos visuais, não menos fantástico é o trabalho de fotografia (do grande Russell Carpenter) que nos brinda com uma perfeita noção de escala e perspectiva (nunca foi tão impressive ver o nosso mundo pelo olhar de uma formiga).
Tudo vem embrulhado num delicioso, divertido, muito entretido e equilibrado cocktail de acção, aventura, humor, drama, romance, intriga e fantasia.
“Ant-Man” não consegue ser um superhero movie referencial (não por incompetência, mas porque a concorrência é sublime – “Superman”, “Batman Returns”, “Spider-Man 2”, “X-Men United”, “Hulk”, “The Dark Knight”).
Mas traz de volta o prazer da boa sci-fi fantasy B bem a moda dos 50s, fazendo excelente figura ao lado de clássicos (também sobre miniaturization) como “The Incredible Shrinking Man”, “Fantastic Voyage” e “Innerspace”. E nesse registo de memória cinéfila, “Ant-Man” consegue ser referencial.
Boa prestação do elenco, destacando-se um Paul Rudd muito descontraído, um Michael Douglas muito paternalista e uma Evangeline Lilly muito rebelde.
À boa maneira do cinema clássico, há presença relevante de secundários que ajudam na evolução (heróica, moral e emocional) do protagonista.
Corey Stoll é muito competente como vilão, Judy Greer defende-se bem como mãe, Michael Peña é o típico “cromo” side-kick e Abby Ryder Fortson é adorável como uma filha que procura um pai presente.
Peyton Reed sai-se muito bem na realização, dando ao filme um ritmo endiabrado e com óptimas opções visuais.
(embora se fosse Edgar Wright a realizar – como era a intenção inicial, até à zanga entre ele e o estúdio por conflitos criativos -, aí teríamos um gigantesco delírio visual)
Atenção à aparição (curta, mas relevante) de vários personagens (e organizações) do Marvel Cinematic Universe (dizer quem, é proibido, pois retira toda a fun), mostrando como tudo/todos anda(m) cruzado(s).
Deixem-se estar na sala durante o genérico final – há duas cenas extra (que empurram para “Ant-Man 2” e para “Captain America 3”).
Provavelmente, o blockbuster de maior fun em 2015.
Muito recomendável.
Realizador: Peyton Reed
Argumentistas: Edgar Wright, Joe Cornish, Adam McKay, Paul Rudd, a partir da bd criada por Stan Lee, Larry Lieber, Jack Kirby
Elenco: Paul Rudd, Michael Douglas, Evangeline Lilly, Corey Stoll, Bobby Cannavale, Judy Greer, Michael Peña, Hayley Atwell, Martin Donovan, Abby Ryder Fortson, Anthony Mackie, John Slattery, David Dastmalchian, Tip ‘T.I.’ Harris
Site – http://marvel.com/antman#/antview
Orçamento – 130 milhões de Dólares
Bilheteira – 180 milhões de Dólares (USA); 519 (mundial)
“Melhor Adaptação Cinematográfica de um Comic”, nos Saturn 2016.
Peyton Reed concorreu a “Melhor Realizador”, mas foi derrotado por Ridley Scott em “The Martian”; Paul Rudd tentou ser o “Melhor Actor”, mas foi derrotado por Harrison Ford em “Star Wars: Episode VII – The Force Awakens”; Evangeline Lilly procurou ser a “Melhor Actriz Secundária”, mas foi vendida por Jessica Chastain em “Crimson Peak”; Michael Douglas quis ser o “Melhor Actor Secundário”, mas Adam Driver em “Star Wars: Episode VII – The Force Awakens” foi preferido.
“Prémio Oglethorpe”, pelos críticos da Georgia 2016.
Sobre Ant-Man, no universo bd
http://marvel.com/characters/2/ant-man
http://marvel.com/comics/series/19275/ant-man_2015_-_present
http://marvel.wikia.com/Scott_Lang_%28Earth-616%29
“Ant-Man” no MCU
- A entrada em cena de Ant-Man; a sua origem.
- A importância da fórmula da criação de Ant-Man.
- Hank Pym, a sua invenção, com quem ele trabalhou e quem anda interessado no seu trabalho.
- A passagem do legado de Ant-Man, de Hank para Scott Lang.
- Alguns mistérios do passado de Hank.
- O cruzamento de Ant-Man com personagens do MCU e a forma como ele pode integrar os Avengers.
Ordem do MCU
Phase 1
“Captain America: The First Avenger” (2011)
“Iron Man” (2008)
“Iron Man 2” (2010),
“The Incredible Hulk” (2008)
“Thor” (2011)
“The Avengers” (2012)
Phase 2
“Iron Man 3” (2013)
“Thor: The Dark World” (2013)
“Captain America: The Winter Soldier” (2014)
“Ant-Man” (2015)
“Avengers: Age of Ultron” (2015)
Phase 3
Inicia-se com “Captain America: Civil War” (2016)
Na bd, Hank Pym é o primeiro Ant-Man e um dos fundadores dos Avengers. É também o criador do programa Ultron (é o tema de “Avengers 2”, mas é Tony Stark o autor do projecto). No início, ponderou-se centrar o filme em Pym, mas depois optou-se pelo seu sucessor, Lang, devido ao facto de Pym ser menos family friendly (distúrbios de personalidade, abusos na namorada).
Edgar Wright (“Shaun of the Dead”, “Hot Fuzz”) era o realizador escolhido. Wright é grande fã de bd (realizou o fantástico “Scott Pilgrim vs the World” e escreveu “Tintin”) e de Ant-Man. Mas no início das filmagens foi despedido por diferenças criativas com o estúdio. Wright queria um filme de huge fun e um verdadeiro desfile de fantasia e efeitos visuais. Muito do seu argumento sobreviveu na versão final.
Ruben Fleischer (“Zombieland”) foi considerado para realizador.
Peyton Reed estreia-se nos Marvel Movies. Já tinha sido considerado para “Guardians of the Galaxy” e para “Fantastic Four” (a versão de 2005).
Joseph Gordon-Levitt, Ewan McGregor e Adrien Brody foram considerados para protagonista.
Emma Stone e Jessica Chastain foram consideradas para o love interest.
Sean Bean, Pierce Brosnan e Gary Oldman foram considerados para Hank Pym.
Filmado em 1.85:1 aspect ratio para assim conseguir criar a ilusão de pequena dimensão do protagonista.
A Grande Ilusão 