Título Original – The Theory of Everything
Visão da vida e obra de Stephen Hawking e da dedicação da sua esposa Jane.
Anos 60. Stephen Hawking está na faculdade de Cambridge a preparar o seu doutoramento. Jane Wilde também anda por lá. O encontro entre os dois faz centelha. Mas Stephen descobre que tem uma doença rara que lhe vai afectar todo o sistema nervoso e a sua capacidade de locomoção e comunicação. Para Jane, é o princípio de uma odisseia que vai testar a (sua) força do amor, da dedicação e da amizade.
Num prazo de tempo muito curto, dois (magníficos) exemplos da british excellence no campo dos biopic e na forma como o cinema britânico sabe tratar (bem) o seu material.
Já aqui se falou do excelente “The Imitation Game”.
E agora surge este comovente “The Theory of Everything”.
Estamos perante um tearjerker em estado puro.
Mas ao contrário do que habitualmente acontece (nalguns casos Made in Hollywood ou todos feitos em Portugal), onde se cai nas mais patéticas e manipuladoras das lamechices, o filme inglês opta por um maior rigor, quer científico quer sentimental.
Para além de ilustrar uma arrebatadora história de amor, dedicação e amizade, onde se mostra o que é isso de sacrifício na vida a dois, o filme é também uma lição de vida sobre um homem a quem surgiram todos os entreves e limitações (incluindo um tempo de vida curto), mas que se consegue erguer e afirmar.
Tudo é mostrado sem excessos nem pieguices, realçando apenas a dureza das situações e a pureza das emoções.
Felicity Jones (que amor de menina!!!) é fabulosa na “exibição” do seu carinho e amor, bem como da sua raiva e desespero.
Eddie Redmayne é absolutamente sublime na interpretação de um homem que a partir de certo momento só tem a sua capacidade cerebral como forma de encontrar um meio de comunicação e sobrevivência.
Dois magistrais trabalhos de interpretação, de uma enorme coragem física e entrega emocional.
Como sempre nestas coisas Made in UK, irrepreensível qualidade nos campos técnicos – fotografia, cenografia, guarda-roupa, ambientes e reconstituição da época.
Nota alta também para a bela música.
Um dos melhores filmes do ano.
Verdadeiramente arrebatador e inspirador.
Obrigatório.
Realizador: James Marsh
Argumentista: Anthony McCarten, a partir do livro de Jane Hawking
Elenco: Eddie Redmayne, Felicity Jones, David Thewlis
Sites
http://www.thetheoryofeverythingmovie.co.uk
http://www.focusfeatures.com/the_theory_of_everything
Orçamento – 15 milhões de Dólares
Bilheteira (até agora) – 29 (USA); 71 (mundial)
Sobre Stephen Hawking
O livro de Jane Hawking já está à venda em Portugal.
“The Theory of Everything” está nomeado para “Melhor Filme”, “Melhor Actor” (Eddie Redmayne), “Melhor Actriz” (Felicity Jones), “Melhor Argumento Adaptado”, “Melhor Música”, nos Oscars 2015.
Eddie Redmayne foi premiado nos Globos de Ouro 2015, como “Melhor Actor – Drama”. O filme também foi premiado na categoria de “Melhor Música”.
A banda sonora
A Grande Ilusão 