É um dos mais populares títulos do falecido e genial Robin Williams.
E tem boas razões para tal.
E está a celebrar uns fresquíssimos 20 anos.
Alan Parrish é um menino que vive à sombra do poder do pai (o grande empresário da povoação), sendo incapaz de assumir as suas responsabilidades e vencer os seus medos.
Um dia, descobre um misterioso jogo de nome “Jumanji”. Ao jogá-lo com a amiga Sarah, Alan é levado para dentro do jogo onde permanece durante décadas.
Judy e Peter são dois órfãos que vivem com a tia. Descobrem “Jumanji” e decidem jogar. Durante o jogo, Alan regressa, mais velho e experiente.
Mas o jogo que ele iniciou há anos tem de ser concluído. Até lá, muitos e estranhos eventos vão ocorrer.
Uma bela fantasia, à volta de um original conceito, onde se abordam (com simplicidade e delicadeza) a infância e os seus temas pertinentes (os medos, as dúvidas, as ânsias, as relações com os pais), bem como o ser adulto (as responsabilidades, os deveres da paternidade).
Joe Johnston (veterano do mundo dos FX, que se tinha iniciado como realizador com o nostálgico “The Rocketeer”) dirige com eficácia e bom ritmo, sabendo gerir acontecimentos, personagens, relações e sentimentos, dando bom uso aos efeitos visuais, pondo-os ao serviço da história não os sobrepondo a ela.
“Jumanji” marca (e marcou) pelos seus digital visual effects, verdadeiramente inovadores e avançados (veja-se o realismo das criaturas).
Robin Williams está sempre esplêndido, entre o estouvado e infantil, ora heróico ora emocional.
No meio de tanta fantasia e diversão, o filme enfatiza um tema tão caro ao Cinema Americano – a família, a sua união e a partilha de sentimentos.
Uma verdadeira referência dentro do género, até porque, e desde então, poucos rivais teve ao seu nível.
Um pequeno clássico.
“Jumanji” tem edição portuguesa e anda a preço digno de ser “jogado” na prateleira do cinéfilo.
Realizador: Joe Johnston
Argumentistas: Jonathan Hensleigh, Greg Taylor, Jim Strain, Chris Van Allsburg, segundo o livro de Chris Van Allsburg
Elenco: Robin Williams, Kirsten Dunst, Bradley Pierce, Bonnie Hunt, Jonathan Hyde, Bebe Neuwirth, David Alan Grier, Patricia Clarkson, Adam Hann-Byrd, Laura Bell Bundy
Trailer
Orçamento – 65 milhões de Dólares
Bilheteira – 100 (USA); 262 (mundial)
Mercado doméstico – 52 (USA)
“Melhor Actriz Secundária” (Bonnie Hunt), “Melhores Efeitos Visuais”, nos Prémios Saturn 1996. Esteve nomeado para “Melhor Filme de Fantasia” (perdeu para “Babe”), “Melhor Actor” (George Clooney em “From Dusk Til Dawn” foi preferido), “Melhor Jovem Actor/Actriz” (Christina Ricci, por “Casper”, foi escolhida) e “Melhor Realizador” (Kathryn Bigelow venceu por “Strange Days”).
“Melhor Filme Estrangeiro”, nos Prémios Huabiao 1997.
“Melhor Filme de Família”, nos Prémios Young Artist 1996.
Cronologicamente, é considerado como o filme mais importante no avanço dos efeitos visuais digitais, logo a seguir a “Jurassic Park” (1993).
Scarlett Johansson concorreu à personagem que seria entregue a Kirsten Dunst.
Robin Williams afirmou que o seu rosto era mesmo de medo quando o seu personagem é perseguido pelo caçador. Isto porque o som criado no set para simular os tiros era muito real e assustador.
Desde 2012 que circula o rumor que será feito um remake.
De certa forma, “Jumanji” tem uma “sequela”. Tal como no livro, o jogo volta a ser encontrado por duas crianças e seguem-se novas peripécias. É “Zathura”, que também deu origem a um filme (em 2005).
Eis o trailer:
“Jumanji” originou uma série televisiva (de animação), que durou de 1996 a 1999. Basicamente é um reboot. Cada episódio mostra Alan, Peter e Judy (Sarah está fora da série) e jogarem Jumanji, serem levados para dentro do jogo e procurarem uma saída.
Eis a intro:
A Season 1 (em Francês)
Sobre Chris Van Allsburg, o criador dos livros:
http://hmhbooks.com/chrisvanallsburg/