Título Original – Begin Again
Keira Knightley regressa às salas (já estavam com saudades? eu também). E é sempre adorável (re)vê-la. E agora temos um brinde. Podemos ouvi-la.
A cantar.
Dan anda em baixo. Outrora um produtor discográfico de sucesso, tem a sua vida mergulhada no caos. Não encontra um artista de jeito, fica sem emprego, sem dinheiro e a relação com a afilha anda aos tropeços.
Gretta é uma criativa escritora de canções, verdadeira musa para o seu namorado, um popular cantor. Mas este decide procurar outras “inspirações”.
Durante um concerto num bar, Gretta canta e arrebata Dan.
Este decide contratá-la e fazerem um disco. O trabalho vai ser feito de forma muito original, convocando a atenção de muitos músicos da cidades e à margem da indústria discográfica.
Mas outros “acordes” surgem entre Gretta e Dan.
O cinema sempre precisou/precisa de música e canções. Música e canções complementam-se com imagens. Um bom casamento entre ambos é sempre maravilhoso.
Nova Iorque é sempre um bom cenário para histórias de amor, principalmente no mundo artístico. Cada canto da Big Apple ilustra um sentimento e ecoa um trecho de uma canção.
“Begin Again” combina, de forma mágica, todos estes elementos.
Estamos perante um daqueles títulos, que mesmo não sendo obra-prima cinematográfica (nem tinha de ser), e sem sabermos porquê, nos arrebata e faz-nos um verdadeiro lift up the heart. Como uma popular canção que não nos sai do ouvido, que cantarolamos e seguimos o seu ritmo até ao fim, com a alma feliz e de sorriso aberto, apto para novos desafios na vida.
Mark Ruffalo está muito bem, a compor um homem amargurado pelo seu passado (erros e azares) em busca do seu get up glorioso, devidamente inspirado pela sua (encantadora) british muse.
Keira Knightley é (como sempre) um miminho, encantadora, com aquela atitude sempre positiva e de sorriso feliz e contagiante. E que bem que ela canta, lembrando os glory days de Suzanne Vega. E (como sempre), tudo lhe cai bem, “desfilando” um guarda-roupa simples e elegante, que parece desenhado à medida de Lady Keira.
John Carney mostra-se o realizador/argumentista adequado para romantic comedies em tom de music love (é dele o simpatiquíssimo “Once” – entre nós chamado de… “No Mesmo Tom”).
Excelente banda sonora. Perfeita para final de dia, no regresso a casa ou num passeio pela city na companhia da menina ou do menino.
Uma pequena maravilha que nos deixa bem com a vida, sentimentos, desilusões, desafios, o futuro e a música.
Assim se devem fazer feel good movies.
Deixem-se estar na sala durante o genérico final – a “canção” continua.
E se terminada a sessão tiverem vontade de ir aprender a tocar guitarra, não se surpreendam. É o efeito do filme e das canções.
E de Keira.
Realizador: John Carney
Argumentista: John Carney
Elenco: Keira Knightley, Mark Ruffalo, Adam Levine, Hailee Steinfeld, Mos Def, Catherine Keener
Orçamento – 10 milhões de Dólares
Bilheteira – 16 (USA); 52 (mundial)
Site –http://beginagainfilm.com
A (excelente) Banda Sonora