Um original filme-concerto à volta de uma das grandes bandas de sempre – Os Metallica.
Os Metallica estão a dar um mega-concerto (what else?). Trip é um jovem fã, que anda a fazer uns recados nos bastidores. Uma tarefa de rotina vai-se transformar numa odisseia, com eventos que mais parecem ser ilustrações (adequadas) a alguns temas dos Metallica.
Nimród Antal tem-se revelado um talentoso realizador, no campo da acção (“Armored”) e do terror (“Vacancy”, “Predators”). Ei-lo a entrar (e muito-bem) pelo campo do filme-concerto. E logo com uma banda brutal para este tipo de coisas.
É um filme-concerto, de grande nível visual e sonoro (mérito do concerto e da banda, pois claro), que combina tal vertente com a do action thriller (com grandes toques de fantasia e surrealismo heavy metal).
A combinação é original e curiosa, quase perfeita. O concerto é imponente, mas a aventura de Trip carece de alguma alma, ainda que fantasista, bem como mais tempo.
Como é óbvio, o que mais se destaca é o (épico) concerto, com os Metallica a mostrarem que são verdadeiros monstros de palco.
Muito do mérito passa por Antal, que nos envolve completamente no concerto, pelo palco, pela assistência e pela banda. E sempre com um ritmo verdadeiramente hard, ao nível dos temas da banda.
Para desfrutar num bom ecran, em full hd, sistema de som surround e o som em níveis capazes de “partir a cristaleira”.
Muito recomendável.
(para os fãs dos Metallica, claro)
Realizador: Nimród Antal
Argumentistas: Nimród Antal e Metallica
Elenco: Dane DeHaan, Metallica
Orçamento – 18 milhões de Dólares.
Bilheteira – 3.4 (USA); 7.9 (mundiais).
Site – http://www.throughthenevermovie.com/
Sobre os Metallica – http://www.metallica.com/
O primeiro realizador escolhido foi Anton Corbijn (prestigiado realizador de videoclips, conhecido pelo seu trabalho com os Depeche Mode), mas teve de recusar por conflitos de agenda (estava a preparar “A Most Wanted Man”, ainda em exibição nas salas).
Os Metallica queriam um filme que homenageasse os fãs. Mas não queriam um filme que se limitasse a ilustrar o seu dia-a-dia ou fosse apenas a filmagem de um concerto. Pensaram em algo ao nível de um filme de acção, mas à volta do universo da banda.
O filme é dedicado a Mark Fisher, um arquitecto britânico, famoso pelos seus criativos designs para concertos.
Alex Aranda