The Action Boys are back.
With a generation gap.
O grupo retoma a acção para libertar um antigo camarada. Seguem para uma misteriosa missão, onde tudo dá para o torto. Um companheiro é ferido e descobre-se que um antigo inimigo ainda está vivo.
Consciente que a sua equipa de “velhinhos” já não está adaptada às novas ameaças do mundo, Barney procura sangue novo, como nova atitude e know how.
Mas juventude não resolve tudo e o grupo tem de juntar “velhos” e “novos” para combater a ameaça.
A Fúria dos (Novos e Velhos) Heróis
Depois de se terem abordado, nos filmes anteriores, temas sérios como a bravura, a honra, a lealdade, a amizade e as acções humanitárias, surgem mais alguns – o conflito de gerações, o cansaço dos veteranos, a energia dos novatos, o confronto de métodos.
De forma simples e divertida, o filme contrasta métodos old school e new school face aos terrores do mundo.
Mas isto é um actioner. Portanto, não queremos lamechices.
O confronto geracional e de métodos serve para alimentar a diversão (Barney achando-se capaz de fazer tudo o que os “putos” fazem), a paródia (Barney e os “catraios” a discutirem qual a melhor táctica – shoot`em up à 80s ou algo mais high tech) e o espectáculo (o conflito final é uma autêntica guerra entre mini-exércitos, onde os novos e velhos heróis juntam os seus talentos contra os mauzões).
Temos grande e muita acção, com cada uma das gerações a mostrar a sua mais-valia e a forma como ambas podem combinar-se de forma heróica.
O grupo mantém a sua enorme cumplicidade e química.
Sly continua a mostrar porque é o monstro sagrado do género (chega a ser divertido e comovente vê-lo como “papá” dos velhos elementos e “avô” dos novos). Wesley Snipes está em grande forma e é um muito bem vindo novo elemento. Antonio Banderas parte a loiça toda, com um herói que mata tanto pelo seu metralhar verbal como pela sua acrobática destreza. Harrison Ford mostra que ainda podemos contar com ele para estas coisas. Mel Gibson domina com a sua tenebrosa vilania (atenção o seu uso da voz na cena da carrinha). Os restantes elementos (os novos e os “velhos”) portam-se à altura (watch out a Ronda Rousey, a real kick-ass lady).
O australiano Patrick Hughes dirige com eficácia, com o pé pesado na acção e no espectáculo, criando estonteantes cenas de acção, que chegam a desafiar as leis da gravidade (o stunt coordinator e second unit director é o prestigiado Dan Bradley – a saga “Jason Bourne”).
Mais uma vez, bom trabalho de fotografia (Peter Menzies – “Shooter”, “The Incredible Hulk”, “Miss Congeniality 2”, “Die Hard With a Vengeance”, “Lara Croft: Tomb Raider”, “Hard Rain”) e de música (continua a cargo de Brian Tyler).
Conclusão – a saga continua no seu melhor e “The Expendables” é um alegre momento de acção. Mas só para fans. E para todos os que, sem preconceitos, saibam perceber a rábula e divertirem-se com ela.
Não se leva a sério, sabe rir-se de próprio, revela inteligência na forma como brinca com o duelo de gerações e até “reflecte” sobre o futuro do cinema de acção (verdade seja dita – não há mais action stars do calibre de Sly, Arnie, Harrison e Mel).
O melhor filme de acção do ano, num 2014 bem fraco nessa área.
(algo que o conflito geracional do filme já alerta)
Uma dinâmica, espectacular e descontraída forma de nos despedirmos do Verão cinematográfico 2014.
Roll on “The Expendables 4”.
(correndo tudo bem, é para Agosto de 2016; e Sly terá 70 anos – that`s hero stuff)
http://theexpendables3film.com
Realizador: Patrick Hughes
Argumentistas: Sylvester Stallone, Creighton Rothenberger, Katrin Benedikt
Elenco: Sylvester Stallone, Jason Statham, Harrison Ford, Arnold Schwarzenegger, Mel Gibson, Wesley Snipes, Dolph Lundgren, Randy Couture, Terry Crews, Kelsey Grammer, Glen Powell, Antonio Banderas, Victor Ortiz, Ronda Rousey, Kellan Lutz, Jet Li, Robert Davi