Dois anos depois, a mais viril equipa de action heroes regressou, com o gatilho ainda mais leve.
Barney Ross e o seu grupo de mercenários voltam a ser contratados por Mr. Church (que já os tinha contratado para a missão do primeiro filme) para o que promete ser um trabalho simples. Mas tudo se complica e um dos membros da equipa é morto. Ross & Cia. não se ficam pela derrota e iniciam uma implacável e explosiva vingança.
O cast de durões é impressionante (Chuck Norris junta-se aos bons e Van Damme é o vilão). Sly, Arnie e Bruce têm mais tempo de antena juntos, conseguindo o sonho de muitos action fans ao longo de mais de 20 anos – os três reunidos em grandes cenas de acção.
Mais Fúria nos (Velhos) Heróis
Um exemplo raro em que a sequela supera o original. As lógicas de “mais do mesmo” e “bigger is better”, só valorizam o filme em termos de entretenimento e espectáculo.
Os primeiros (explosivos e demolidores) 15 minutos de filme dão o mote. Na linha dos opening gambit da saga “James Bond”, temos um festival de pirotecnia (edifícios, helicópteros e pontes vão pelos ares), lutas, tiroteios, perseguições (por terra, ar e água) que rivaliza com o final de muito e bom action film.
Quase todo o gang original está de volta (Mickey Rouke está ausente), com novos e ilustres aliados (um divertido Chuck Norris), frente a um tenebroso vilão (um sombrio Van Damme). A energética Nan Yu mostra-se à altura dos protagonistas, prometendo ser uma relevante action heroin oriental.
O sonho de qualquer 80`s action nerd está realizado – Sly, Arnie e Bruce com mais tempo de antena em conjunto, na mesma cena, no mesmo plano, envolvidos em mirabolantes cenas de acção (à 80`s, pois claro). Sly continua em grande forma (e com uma postura muito à John Wayne), com Bruce e Arnie a mostrarem que ainda podemos contar com eles (“Die Hard 5” e “The Last Stand”, marcaram o regresso de cada um, em 2012, às lides do cinema de acção).
Simon West (“Con Air”) substitui Stallone na realização e os resultados são superiores – em dimensão visual, espectáculo, ritmo e humor. O argumento dá espaço a muitos momentos “intimistas” onde se explora melhor cada um dos personagens e as relações do grupo. Diálogos cheios de humor à volta das carreiras de Sly, Arnie, Bruce, Chuck e Dolph, bem como a muitas das deixas que celebrizaram (yup, o filme requer conhecimentos cinéfilos – veja-se o momento em que Arnie e Bruce trocam as suas famosas lines das sagas “The Terminator” e “Die Hard”; a conversa com Chuck à volta de eventos da vida do actor e da sua carreira cinematográfica; a referência a um facto verídico da vida Dolph, num momento crucial), sem esquecer a auto-paródia (Arnie a considerar que ele, Bruce e Sly já deveriam estar num… museu).
Para a história e para manter o revivalismo action 80s fica a luta entre Sly e Van Damme.
Óptima fotografia do veterano Shelly Johnson (“Captain America: The First Avenger”, “The Wolfman” “Jurassic Park III”, “Hidalgo”) e adequada música do habitual Brian Tyler.
(Mais) Um esfuziante momento de acção old school, só mesmo para nerds.
(e uma lição sobre como limpar a tralha do planeta)
Realizador: Simon West
Argumentistas: Sylvester Stallone, Richard Wenk, Ken Kaufman, David Agosto
Elenco: Sylvester Stallone, Jason Statham, Jet Li, Chuck Norris, Nan Yu, Dolph Lundgren, Bruce Willis, Arnold Schwarzenegger, Jean-Claude Van Damme, Liam Hemsworth, Randy Couture, Terry Crews, Scott Adkins, Charisma Carpenter
Orçamento – 100 milhões de Dólares.
Bilheteira – 85 (USA); 305 (mundiais).
Site – http://theexpendables2film.com/
“Melhor Música”, nos Prémios BMI 2013.
“Melhor TV Spot”, “Melhor Action Poster”, nos Prémios Golden Trailer 2013.
Esta sequela ficou planeada ainda durante as filmagens do primeiro filme.
Jet Li estava em filmagens noutro filme, na China. Como tal, o seu tempo nesta sequela é curto (apenas nos primeiros 15 minutos de filme) e tudo teve de ser filmado na China.
Gina Carano foi ponderada para a personagem que foi entregue a Nan Yu.
Mickey Rourke estava para regressar (o seu personagem seria morto e tal despoletava a vingança dos seus camaradas), mas teve de recusar por conflito de agenda.
Uma cena exigiu a montagem de uma ponte ferroviária. Terminadas as filmagens, a ponte ficou e faz parte do mapa ferroviário da Bulgária.
“The Expendables 3” ficou logo em agenda e o produtor começou conversações com durões como Steven Seagal, Wesley Snipes, Nicolas Cage, Harrison Ford e… Clint Eastwood). A nova sequela traz alguns deles.