E assim continuam os long goodbye às grandes movie stars de outrora.
Agora despedimo-nos do grande James Garner.
Nascido em 1928 (com o nome de James Scott Baumgarner), no Oklahoma, Garner perdeu cedo a mãe, largou cedo os estudos e ingressou na Marinha Mercante. Mas a sua tendência para o enjoo levou-o a abandonar a carreira e mudou-se para L.A. para viver com o pai.
Continuou os estudos e cumprido o serviço militar (em Infantaria), foi mobilizado para a Coreia, onde foi ferido duas vezes e ganhou dois Purple Hearts.
Regressado à vida civil, andou pela universidade e interessou-se pelo mundo da representação. Andou pelo Teatro, até assinar contrato com a Warner Bros.
A partir daqui foi sempre a subir.
Vários títulos se salientam na sua carreira – “The Children’s Hour” (ao lado de Audrey Hepburn e Shirley MacLaine), ”The Great Escape” (ao lado de Steve McQueen, Richard Attenborough, Charles Bronson, Donald Pleasence e James Coburn), “Grand Prix” (ao lado de Yves Montand e Eva Marie Saint), “Marlowe” (onde nos deu uma moderna interpretação do mítico private eye criado por Raymond Chandler), “Victor/Victoria” (ao lado de Julie Andrews e Robert Preston), “Murphy`s Romance” (esteve nomeado para um Oscar, ao lado de Sally Field) e “Sunset” (ao lado de Bruce Willis, Malcolm McDowell e Mariel Hemingway). Em tempos recentes vimo-lo em “Space Cowbys” (ao lado de living legends como Clint Eastwood, Donald Sutherland e Tommy Lee Jones) e “The Notebook”.
A sua glória máxima chegaria em 1957 e em televisão. Garner interpretava “Maverick”, um divertido e heróico jogador e cowboy, tão hábil nas cartas como nas armas. A série seria adaptada ao Cinema em 1994, num excelente e divertido filme com Mel Gibson (a interpretar, muito bem, Maverick), Jodie Foster e James Coburn. Garner também participou e o seu personagem reservava uma grande surpresa (no filme e face à série televisiva).
Garner regressaria à televisão com a aclamada série “The Rockford Files”, onde seria premiado com um Emmy.
No final da sua carreira, Garner andou mais pela televisão.
James Garner merece ser uma verdadeira movie star. Carisma, presença, versatilidade, sentido de drama, heroísmo, simpatia e comédia, beleza para cativar as meninas e causar inveja aos meninos. E esteve sempre activo, solicitado e popular durante décadas. Que mais pedir?
Perde-se um actor notável. O firmamento de Hollywood ganha uma nova estrela.
So long James. O teu sorriso continua em nós, em qualquer (re)visão dos teus filmes e séries.
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