Da Venezuela surge este curioso título sobre casas assombradas e almas penadas em busca de…
(hey, isso não se pode dizer)
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Dulce, o marido e os dois filhos, habitam uma casa velha. Ao fim de algum tempo, Dulce descobre que ela e os filhos andam a ser assolados por almas do outro mundo. Mas o contacto nada tem de amigável. Os “visitantes” comunicam a Dulce uma trágica notícia – os seus irão morrer e muito em breve. Dulce procura evitar tal destino. Mas a casa tem um certo de poder de cunha com as inevitabilidades do tempo.
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Cada vez mais se confirma. É dos latinos hispânicos que surge o melhor cinema de terror sobre casas assombradas e contactos com as almas do Além.
Eis mais um (excelente) exemplo.
Estamos perante uma ghost house story contada em moldes muitos clássicos, onde conta a (hábil) gestão do espaço, do som e da luminosidade, para um resultado final muito eficaz.
Há bons momentos de susto (o início, as primeiras aparições, a sessão espírita, a resolução final), mas o filme é dominado por um forte sentimentalismo maternal e uma pequena componente religiosa que dá uma grande riqueza emotiva ao filme e o afasta das convencionais ghost stories.
Auspiciosa estreia de Alejandro Hidalgo, que dá provas para uma boa carreira.
Ruddy Rodríguez (uma grande estrela na América-Latina – foi Miss Venezuela 1985, Bond Girl em “The Living Daylights”, grande vedeta das telenovelas, cantora de sucesso e empresária bem sucedida em fatos de banho) num registo de grande entrega emocional.
Muito bom trabalho de fotografia e caracterização.
Mais um dos bons filmes do festival. Mais um bom candidato a prémios.
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Site – http://www.lacasadelfindelostiempos.com/
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Trailer
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Reportagem: