Ciclo Ingmar Bergman – Cenas da Vida Conjugal (1973)

Cenas da Vida Conjugal

Título Original – Scener ur ett Äktenskap

Título Internacional – Scenes from a Marriage

Assim continua a viagem pelo Ingmar Bergman Universe.

Agora com um dos seus títulos mais aclamados, sendo, provavelmente, a sua obra-prima máxima.

Johan e Marianne fazem 10 anos de casamento.

O filme acompanha os dramas e alegrias que se seguem.

Viagem à intimidade da vida matrimonial.

Bergman “mete” a câmara pelos recantos daquele casal e extrai toda a essência do que é uma vida a dois.

Ao mostrar aquele micro-cosmos, Bergman ilustra todo o vasto cosmos humano, a nível individual, relacional e sentimental.

Admirável fotografia do veterano Sven Nykvist (e habituée de Bergman) e uso do close shot.

A dor e a raiva, a paixão e o amor, o riso e as lágrimas. Todas as “estações” do que é estar vivo e partilhar vida.

Uma catedral de emoções, sentimentos e interpretações (Liv Ullmann – lindíssima – e Erland Josephson dificilmente estarão tão ou mais sublimes).

Obra-prima total.

Cenas da Vida Conjugal - 2

“Melhor Filme Estrangeiro”, nos Globos de Ouro 1975. Liv Ullmann esteve nomeada para “Melhor Actriz – Drama” (perdeu, bem, para Gena Rowlands, num trabalho verdadeiramente impressive em “A Woman Under the Influence” de John Cassavetes).

Ullman também esteve nomeada nos BAFTA 1976, mas perdeu para Ellen Burstyn em “Alice Doesn’t Live Here Anymore” (de Scorsese).

“Melhor Actriz Estrangeira” (yup, Ullmann), nos David di Donatello 1975.

“Melhor Filme Estrangeiro”, pelo Círculo de Críticos de Kansas City 1975.

“Melhor Filme”, “Melhor Actriz” (Ullmann), “Melhor Actriz Secundária” (Andersson), “Melhor Argumento”, pela Sociedade Nacional de Críticos USA 1975.

“Melhor Actriz” (Ullmann), “Melhor Actriz Secundária” (Andersson), “Melhor Argumento”, “Melhor Realização”, pelo Círculo de Críticos de Nova Iorque 1974.

Cenas da Vida Conjugal - 1

Começou como série televisiva. Depois foi reeditado como longa-metragem. O filme tem uma duração de cerca de 170 minutos. A série televisiva dura 283 minutos, em seis episódios.

Títulos dos 6 episódios – 1) Innocence and Panic; 2) The Art of Covering Up; 3) Paula; 4) Valley of Tears; 5) Illiteracy; 6) In the Middle of the Night in a Dark House Somewhere in the World.

Bergman deu duas opções financeiras aos seus actores – receberem salário ou uma percentagem vinda do share da emissão televisiva. Ullmann preferiu salário (motivada pelo flop de “Lágrimas e Suspiros”). Josephson e outros preferiram as comissões. Perante o (imenso) sucesso da série (na Suécia e a nível internacional) tal decisão revelou-se bem proveito$a. Ullmann ainda hoje lamenta a sua decisão.

Depois da exibição da série, o número de divórcios na Suécia aumentou enormemente, bem como o número de casais a recorrerem a consultores matrimoniais.

O impacto da série foi tal, que Bergman era frequentemente interpelado na rua por casais, que lhe pediam conselhos. Sabe-se também que, na consequência de tal, Bergman chegou a mudar de número de telefone.

Não foi considerado para os Oscars pois já tinha sido emitido na televisão (as regras da Academia impedem que um título esteja a concurso depois de ser exibido em televisão).

A série foi exibida nos USA, pelo canal HBO, em Maio de 1975.

O argumento para a versão cinematográfica era o usado para as versões teatrais.

O filme

Liv Ullmann sobre o filme

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