Uma ghost story vinda de Inglaterra, país com um cinema sempre hábil neste tipo de histórias.
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Audrey perdeu o marido recentemente e tentou o suicídio. Recuperada, procura reencontrar o sossego numa pequena povoação, onde aluga uma casa. Passados uns dias, Audrey começa a ouvir uns ruídos na casa. Efeitos da medicação, algum intruso ou um… fantasma?
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O tema das ghost houses já é uma longa (e boa) tradição do cinema (de terror e não só).
Aqui dá-se um registo mais sentimental e menos virado para o susto.
Na verdade, “Soulmate” acaba por ser o encontro de duas almas (ainda que de mundos opostos) para conforto da sua solidão.
Axelle Carolyn gere bem o espaço e a atmosfera.
Mas o filme precisava de um revisãozinha no argumento e na montagem final. A escrita carece da devida profundidade (ainda que o resultado não deixe de ser singelo). Algumas cenas deveriam ter ficado na sala de montagem, pois atrasam o ritmo e nada acrescentam à narrativa. Com um melhor homework teríamos um filme mais arrumadinho e curto, mas conciso.
Apesar dos seus (ligeiros) erros, o filme mostra que Carolyn pode ter um bom futuro no género e noutros.
A bela e elegante Anna Walton revela presença e mostra ser um talento interessante a merecer acompanhamento.
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Entrevistas:
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O filme tem produção de Neil Marshall (o autor de “The Descent”, do qual já aqui falei), marido de Carolyn.