O Verão cinematográfico 2013 tem trazido uns títulos, de comédia, onde há sempre o apelo a grandes mokas.
Eis mais um. Agora em família.
Um dealer de erva recebe a missão de transportar um grande carregamento dessa “medicina”, do México até aos USA.
Para evitar suspeitas, organiza uma família – ele é o pai, uma stripper é a mãe, uma miúda de rua e um miúdo vizinho e abandonado serão os filhos. Todos se fazem à estrada, movidos pelos interesse$ de cada um. Mas o que parecia ser uma coisa simples, converte-se numa rocambolesca viagem, plena das peripécias mais loucas e inesperadas. A não ser que se comportem como uma verdadeira família. Mas será que conseguem?
Uma destravada, alucinada, politicamente incorrecta, imoral e muito sentimental comédia.
Os méritos são muitos. Desde o ritmo imparável até à sucessão vertiginosa das mais desconcertantes situações (que deixam sempre o espectador em suspense sobre qual a saída para cada uma e desfeito em riso perante a solução). Mas, como sempre nestas coisas, nada funciona sem talento nos actores. Para além da naturalidade e à-vontade de cada um, há uma imensa química entre todos eles, que nos dão credibilidade como família.
Jason Sudeikis confirma-se com um dos grandes comediantes da nova vaga (já tinha suscitado curiosidade no fantástico “Horrible Bosses”). Jennifer Aniston revela o seu lado mais humano, sério e vulcânico (veja-se o seu strip show). Ed Helms (um dos membros da “alcateia” de “The Hangover”) é mais uma confirmação de que há uma nova e talentosa vaga de comediantes. Emma Roberts está linda como nunca e continua a mostrar que é um dos bons talentos da sua geração (o nome Roberts da tia Julia e do pai Eric ajudam, mas a menina tem méritos próprios). Will Poulter e Molly C. Quinn mostram potencial.
Uma magnífica forma de, em família, nos despedirmos do Verão.
(sim, porque apesar de todas as irreverências, o filme traz o inevitável e sempre estimável apelo à união familiar, um tema tão querido do cinema americano)
E deixem-se estar na sala durante o genérico final. Assistimos a uns divertidíssimos bloopers, onde se pode confirmar o quanto os actores se deram bem (a tal química) e o quanto divertida foi a rodagem.