Before Midnight – Antes da Meia-Noite (2013)

Before Midnight - 4

18 anos depois do encontro, 9 anos depois do reencontro, Jesse & Céline retomam convívio connosco.

Agora mais velhos, mas “amadurecidos”, com mais responsabilidades (e dramas), mas sempre intensos, apaixonados e animados nas suas conversas.

Encontrámo-los na Grécia, a passar umas férias. Jesse escreveu mais um livro (inspirado em “Before Sunset”), Céline continua uma forte activista social, política e ecológica, a cegonha já os visitou (em dose dupla) e o casal ainda tem de lidar com a paternidade distante (geograficamente falando) de Jesse face ao filho (de outra relação, como se soube em “Before Sunset”). Muitos e bons motivos para longas conversas sobre a durabilidade do amor e das relações, os filhos, a co-existência de feitios e personalidades, etc.

 

Vários são os motivos porque se adora esta saga (a perfeita química entre Ethan Hawke e Julie Delpy estará, certamente, à frente). Mas um outro (possível) motivo pode passar pelo facto que cada filme tem um tom emocional sempre diferente e evolutivo (face à idade e experiência de vida do casal).

Depois da vulcânica inocência perante o amor em “Before Sunrise” e o encanto da partilha dos desencantos das relações em “Before Sunset”, “Before Midnight” segue para áreas mais dramáticas e até de ruptura, dado que se focam muitos dos aspecto da vida a dois.

Os diálogos (ou a improvisação deles) continuam a ser puro ouro. Ethan & Julie continuam numa cintilante sintonia. Apesar do “negrume”, as conversas continuam a ser entusiasmantes.

Pormenor de génio – o momento mais divertido do filme é com Jesse & Céline à conversa com outros casais (de várias gerações), sobre a essência do amor e das relações.

Sinal de esperança no futuro – um jovem casal presente funciona como uma espécie de “Jesse & Céline – new generation“, “ensinando” como se vive uma relação que teve um click instantâneo, como ela é mantida à distância e como as novas tecnologias (telemóveis, SMS, Skype, Facebook) podem manter a chama.

Mas Jesse & Céline continuam uns verdadeiros “professores” da arte de amar – afinal, tudo reside no poder da palavra, do diálogo, da exposição dos sentimentos, da aceitação, do perdão, do saber equilibrar virtudes e defeitos e até com as devidas doses de humor e infantilidade.

A vida (a dois e não só) como ela (também) é. Menos encantador que “Before Sunrise”. Menos milagroso que “Before Sunset”. Sentimentalmente, tão belo como ambos.

 

Obrigado Jesse & Céline, por such a beautiful day.

(pena que acabe “antes da meia-noite”; mas imaginamos o sunrise que vem a seguir)

 

Até 2022. Talvez com a crise da meia-idade (ambos já estarão nos fifties e será divertido ver as neuroses de Céline e a paciência de Jesse).

 

Site http://www.sonyclassics.com/beforemidnight/

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