Tucker and Dale vs Evil – Tucker e Dale Contra o Mal (2010)

Na onda levantada por “The Evil Dead”, aqui fica mais uma recomendação, em plena sintonia.

A (re)descobir, pois na altura passou muito (injustamente) despercebido nas nossas salas (e chegou com grande atraso – é de 2010 e estreou em Janeiro 2012).

Sam Raimi ainda não retomou o género que lhe deu fama (a última vez foi em 2009, com o fantástico “Drag Me To Hell”). Peter Jackson faz cinema “respeitável”. Há, portanto, um certo vazio no campo do género “terrir” que ambos criaram (a saga “The Evil Dead”, “Bad Taste, “Braindead”, “The Frightners”).

Felizmente, que aqui e ali vão surgindo (bons) exemplos do género (“Shaun of the Dead”, “Lesbian Vampire Killers”, “Zombieland”).

Eis mais um exemplo, agora vindo do Canadá.

Tucker e Dale são dois amigos que vivem nas montanhas. A tranquilidade é interrompida quando ambos são confundidos como assassinos psicopatas por um grupo de estudantes que acamparam na zona. Uma série de loucas (e sangrentas) confusões vão acontecer.

O realizador Eli Craig é grande entusiasta do género. Por isso, carrega bem no humor (todo o “terror” surge pelo preconceito das vítimas face ao aspecto dos protagonistas e os azares devido aos actos precipitados delas), no lado físico e explícito do terror (mas provoca mais gargalhadas do que vómitos), brincando e homenageando Raimi, Jackson e até John Landis. Mas não esquece a componente humana, graças a uma impecável química entre a (hilariante) dupla Tyler Labine e Alan Tudyk, que suscita grande carinho do espectador em relação a ambos. Como se fosse pouco, o filme ainda nos dá uma bela história de amor que rompe com os padrões (é entre um gordinho barbudo e uma menina “corpo Danone”).

Destaque também para a esbelta, simpática e encantadora Katrina Bowden, com toda a atitude (e curvas) adequada(s) para este tipo de filmes, mostrando que as dumb blondes são mitos.