Ficção científica provocatória e paródica.
Durante a Segunda Guerra Mundial, os nazis já vão à frente na corrida espacial. Montam na lua uma base, onde ficam reservas tecnológicas e militares à espera do momento da vingança.
2018, USA. Os boches regressam (pelo ar), “em paz”, para consolidação do IV Reich.
Dado o brilhante prólogo, o espectador fica na expectativa que vai ver um título sci-fi capaz de uma relevante parábola política. Mas rapidamente o filme envereda pela mais pura da série B, acelerando para a Z, com ares de trash movie, mas sempre com óptimo sentido de diversão e espectáculo.
Há lugar para momentos de politicamente incorrecto (os nazis a “inventarem” o USB, a Presidente dos USA com ares de Sarah Palin – e com o motto “Yes, SHE Can”), a adequada paródia política (as reuniões da nova ONU), o convite à reflexão (a reunião dos chefes de estado e o que despoleta a cena final, o plano final que deixa conclusões a cada um), sem esquecer momentos de heroísmo patriótico (um negro – feito branco – a salvar o dia) e idealismo all american (uma “Helga” devota é convertida ao american way of life graças a Charlie Chaplin em… “The Great Dictator”).
Space Opera campy, no sentido mais puro. Absolutamente delicioso.
O espírito Ed Wood está vivo e de boa saúde.
Site oficial – http://ironsky.viipillars.com/ironsky_js.html
Alex Aranda