Décadas antes das aventuras com o anel, assistimos a uma peripécia de um jovem Bilbo Baggins. Na companhia de Gandalf (é aqui que se conhecem e forjam uma sólida amizade) e de 13 intrépidos e castiços anões, procura um tesouro na posse de um temível dragão. E uma fantástica viagem começa.
11 anos depois da trilogia “The Lord of The Rings”, Peter Jackson regressa ao universo fascinante de Tolkien para mais uma trilogia (ainda que adaptada de um livro).
Regresso em grande, mostrando que Jackson sabe mesmo ilustrar aquele admirável mundo. Perfeição visual, graças a sublimes trabalhos nos efeitos visuais (atenção à cena com os Trolls, a batalha dos gigantes de pedra e o salvamento da rapinas), na fotografia (apetece já fazer as malas e fugir para o Shire), no guarda-roupa (veja-se o belíssimo ar angelical de Cate Blanchett), na cenografia e na caracterização.
A enfatização do humor ajuda a dar ao filme um encanto e infantilidade que a trilogia anterior não tinha. Mas, aqui e ali, Jackson não se inibe de algum negrume que impedem que “The Hobbit” seja inteiramente para todas as crianças.
Magnífico Martin Freeman, muito bem acompanhado por um novo e promissor elenco, onde há espaço para o reencontro com rostos da trilogia anterior.
Como seria de esperar, excelência na banda sonora de Howard Shore.
Um grande momento de fantasia.
Venha o resto da viagem.
A versão 2-D funciona muito bem. Mas ainda quero experimentar a versão a 48 imagens/segundo, em 3-D.
Alex Aranda
A Grande Ilusão 